Imagens de satélite mostram aquilo que parece ser um reforço nas bases militares perto da fronteira da NATO, com fileiras de novas tendas, veículos militares, renovação de abrigos para caças e a construção de uma base de helicópteros.
A Finlândia acredita que, assim que a guerra com a Ucrânia termine, que a Rússia irá aumentar ainda mais o número de tropas ao longo da fronteira.
Otto Ponto/Lehtikuva via AP
A notícia surge após imagens de satélite publicadas pelo New York Times e confirmadas pela NATO terem mostrado aquilo a que parece ser um reforço nas bases militares perto da fronteira da NATO, com fileiras de novas tendas, veículos militares, armazéns para veículos militares, renovação de abrigos para caças e a construção de uma base de helicópteros que estava praticamente inutilizada e coberta de mato.
"Eles estão a mudar as suas estruturas e estamos a ver preparativos moderados no que toca à construção de infraestruturas perto das nossas fronteiras. Isto significa que eles, assim que a guerra com a Ucrânia terminar, começarão a trazer de volta as forças que têm lutado na Ucrânia, especialmente as forças terrestres", alertou Sami Nurmi, chefe de estratégias das forças de defesa finlandesas, citado pelo The Guardian.
Segundo o major-general, os militares finlandeses estão neste momento a acompanhar "muito de perto" todas as manobras de Moscovo, mas aconselhou na mesma o país a "preparar-se para o pior". De acordo com o New York Times, os finlandeses acreditam terem cerca de cinco anos até que a Rússia comece a aumentar a presença das suas forças a níveis ameaçadores.
"Eles [Rússia] estão a fazer isso por fases. Diria que ainda são números moderados. Não são grandes construções, mas em certos sítios estão a construir novas infraestruturas e a prepararem-se para trazer novos equipamentos", frisou Sami Nurmi. "Também é preciso avaliar se eles se estão a preparar para enviar mais tropas para a Ucrânia ou para reforçar as suas forças perto da nossa fronteira. Mas acho que estão a fazer as duas coisas."
A guarda fronteiriça entretanto já havia anunciado na quarta-feira que vedou 35 quilómetros da fronteira com a Rússia, de 200 que ainda estão para vedar, e que a mesma inclui câmaras de vigilância e sensores para distinguir pessoas de animais. Recorde-se que esta fronteira já se encontra encerrada há mais de um ano - desde que Helsínquia acusou Moscovo de ter encaminhado requerentes de asilo para a Finlândia.
Além disso, tropas americanas e finlandesas realizaram recentemente um treino militar no Ártico. No entanto, também nesta região, localizada a menos de 160 quilómetros da fronteira com a Finlândia, foram avistados dezenas de aviões de guerra russos, de acordo com imagens de satélite.
Respondendo a estas últimas atualizações por parte da Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse aos jornalistas na terça-feira que "não estava nem um pouco preocupado com isso" e defendeu que a Finlândia e a Noruega "estariam muito seguras".
Ecoando as palavras de Trump, também Nurmi disse que não havia para já "nenhuma ameaça militar imediata à Finlândia ou à NATO". "O que aconteceu logo após o ataque ucraniano foi que solicitámos a adesão à NATO e, quando fomos aceites, a Rússia anunciou que começaria a mudar a sua postura militar na fronteira."
Segundo o The Guardian, os cidadãos finlandeses já se terão acostumado à ameaça iminente por parte do país vizinho. Não obstante, centenas de pessoas já se estão a inscrever em cursos de treino militar para se prepararem para uma eventual situação de emergência.
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