Três dias depois, o Canal do Suez continua impedido por um porta-contentores de 400 metros. Cadeias de fornecimento mundiais sofrem perturbações.
Três dias passaram e o Ever Given, um porta-contentores da empresa japonesa Shoei Kisen, continua a bloquear o trânsito no Canal do Suez, uma das principais vias do comércio internacional.
A Autoridade do Canal do Suez está a empreender esforços para desbloquear o canal, face aos aumentos das taxas de transporte de produtos petrolíferos e à perturbação das cadeias de fornecimento mundiais de vários produtos, desde cereais a vestuário de bebé.
As taxas de transporte de produtos petrolíferos quase duplicaram depois de o Ever Given, com quase 400 metros de comprimento (quase tão longo quanto o Empire State Building é alto) ficou encalhado na terça-feira, dia 23. Desencalhar o Ever Given pode demorar semanas e a operação pode ser dificultada pelas más condições climatéricas.
A Shoei Kisen negou uma notícia que indicava que o navio deveria ser retirado do local até sábado à noite, indicando que os esforços para o colocar a flutuar estavam em curso. À Reuters, fontes ligadas às operadoras disseram que aguardam pelos efeitos de uma maré cheia no domingo, dia 28.
A Autoridade do Canal do Suez (SCA) adianta que as operações para puxar o navio iriam recomeçar logo que a dragagem de 20 mil metros cúbicos de areia estivesse completa.
Reuters
"Além das dragas que já se encontram no local, uma draga especializada em sucção está agora junto do navio e vai começar a trabalhar em breve. Esta draga pode mover 2 mil metros cúbicos de material a cada hora", frisou à Reuters fonte da empresa Bernhard Schulte Shipmanagement, gestora técnica do Ever Given.
Os Estados Unidos ofereceram-se para ajudar e a Turquia também manifestou intenção de enviar um navio ao canal, durante uma tentativa de Ancara para reparar os laços diplomáticos com o Egito.
A suspensão do trânsito no canal que liga a Europa e a Ásia piorou a situação para as linhas de transporte que estavam a atravessar perturbações e atrasos na entrega de bens de retalho aos consumidores, devido à pandemia de covid-19.
Mais de 30 petroleiros esperavam a travessia do canal do Suez desde terça-feira, dia 23. Cerca de 24 navios podiam ser vistos das costas de Port Said na manhã desta sexta-feira, de acordo com uma testemunha ouvida pela Reuters.
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É este o cenário no Canal do Suez após porta-contentores travar passagem de centenas de navios - sábado
Há navios a avaliar uma passagem em torno do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul (dobrado pela primeira vez por Bartolomeu Dias, em 1488).
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.