Sheikh Hasina foi para a Índia num helicóptero militar. A sua residência oficial já foi invadida por multidões.
A primeira-ministra do Bangladesh apresentou a demissão e fugiu do país esta segunda-feira em sequência dos protestos que já mataram cerca de 250 pessoas.
Segundo a agência noticiosa Reuters, Sheikh Hasina decidiu fugir perante os maiores protestos desde o nascimento do país, há 50 anos. A sua saída foi anunciada pelo chefe do Exército, o general Waker-Uz-Zaman, que anunciou ainda a formação de um governo interino.
Sheikh Hasina, de 76 anos, dirigiu-se à Índia dentro de um helicóptero militar e acompanhada pela irmã. Segundo o canal CNN News 18, aterrou em Agartala, a capital do estado de Tripura, na Índia.
Desde julho que se vivem intensos protestos no Bangladesh provocados por um sistema de quotas em trabalhos no governo e que culmiraram na exigência da saída de Sheikh Hasina. A primeira-ministra tinha conquistado o seu quarto mandato em janeiro, numas eleições boicotadas pelos partidos da oposição.
O general Waker-Uz-Zaman garantiu ter tido "conversas frutíferas" com os líderes de todos os grandes partidos políticos e que se ia encontrar com o presidente Mohammed Shahabuddin para discutir os próximos passos. "O país está a passar por um período revolucionário", considerou o general de 58 anos e que chefia o exército desde junho.
De acordo com a Reuters, multidões invadiram as ruas para celebrar e a residência oficial de Sheikh Hasina, de onde saíram com televisões, cadeiras e mesas.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O incómodo de alguns ministros com as perguntas dos jornalistas revela uma incapacidade de lidar com as exigências da própria democracia.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
