Passados dois anos desde que foi detido na Rússia, após ter sido tratado a um envenenamento, o opositor de Putin garante que vai continuar a lutar.
Alexei Navalny, crítico do Kremlin e opositor de Putin, assinalou esta terça-feira dois anos passados do dia da sua detenção. O ativista encontra-se na colónia penal de alta segurança IK-6 desde junho, no seguimento de uma condenação a onze anos e meio de prisão por fraude. Foi preso na Rússia a 17 de janeiro de 2021, após chegar da Alemanha, onde foi tratado ao envenenamento com uma arma química.
O advogado de 46 anos publicou váriostweets em que pede o salvamento da Rússia. "A nossa pátria miserável e exausta precisa de ser salva. Foi pilhada, ferida, arrastada para uma guerra agressiva, e transformada numa prisão gerida pelos patifes mais desonestos e sem escrúpulos", lê-se no perfil gerido pelos seus associados, fora da Rússia. "Qualquer oposição a este gangue - mesmo se apenas simbólica na minha capacidade limitada atual - é importante. Não vou render-lhes o meu país, e acredito que a escuridão irá eventualmente desaparecer."
REUTERS/Evgenia Novozhenina/File Photo
1/6 It has been exactly two years since I returned to Russia. I have spent these two years in prison. When you write a post like this, you have to ask yourself: How many more of such anniversary posts will you have to write?
Este mês, a saúde de Alexei Navalny inspirou cuidados, com a mulher, Yulia Navalnaya, a apelar aos funcionários prisionais que lhe dessem medicação básica. Alexei Melnikov, membro de uma equipa russa que inspeciona prisões, disse que não se verificavam preocupações: "Falámos com ele durante mais de duas horas - posso dizer que de momento nada ameaça a sua saúde. Antes, Navalny teve sintomas de constipação, mas foi tratado."
Alexei Navalny revelou vários casos de enriquecimento ilícito da classe dirigente da Rússia e tentou concorrer à presidência em 2018, tendo sido banido pelas autoridades eleitorais. A sua condenação deveu-se a dois casos separados de fraude, que os seus apoiantes dizem ter sido motivadas politicamente.
A filha, Dasha Navalnaya, apelou esta terça-feira a que o pai fosse libertado, através de um vídeo publicado nas redes sociais. "Claro que a verdadeira razão pela qual o meu pai está numa cela são os seus comentários anti-guerra. E agora estão a atormentá-lo e a privá-lo de qualquer conexão com o mundo exterior para o silenciar. Mas o meu pai não tem medo e não parará de lutar. O meu pai é um homem inocente e merece estar livre."
Two years ago today my dad returned to Moscow to fight for a democratic, free and beautiful Russia. Today we are launching a campaign to free him. Join now! Say no to war! Free Alexey Navalny!https://t.co/fLz4R8PETUpic.twitter.com/qy96VZGsMl
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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.