Sábado – Pense por si

Presidente do Equador viaja para Washington após "não" a bases militares dos EUA

No domingo o Equador votou um referendo que, entre outras coisas, questionava sobre a possibilidade de os Estados Unidos reinstalarem presença militar no país.

O Presidente do Equador viaja esta terça-feira para os Estados Unidos, após a derrota sofrida no domingo num referendo por ele promovido, que procurava, entre outros temas, o retorno das bases militares estrangeiras ao país.

Presidente do Equador viaja para Washington após referendo sobre bases militares dos EUA
Presidente do Equador viaja para Washington após referendo sobre bases militares dos EUA AP Photo/Dolores Ochoa

Daniel Noboa ficará nos Estados Unidos até quinta-feira e viajará acompanhado de uma comitiva que inclui o secretário para a Integridade Pública, José Julio Neira, conforme indicado num decreto executivo assinado na segunda-feira.

O documento não detalha a agenda de Noboa nos Estados Unidos, mas as considerações do decreto mencionam que "é do interesse do Governo do Equador fortalecer os laços diplomáticos com aliados comerciais".

Há duas semanas, a secretária da Segurança Nacional norte-americana, Kristi Noem, esteve no Equador.

Noem visitou as bases militares de Manta e Salinas, na costa equatoriana, onde Washington estudava a possibilidade de os Estados Unidos reinstalarem uma presença militar no país.

Isto caso esta proposta viesse a merecer o "sim" no referendo de domingo passado. A atual Constituição equatoriana, aprovada em 2008, levou as forças armadas dos Estados Unidos a saírem do país no ano seguinte.

No entanto, o "não" venceu nesta questão - como em todas as quatro colocadas a voto -, que visava uma revisão da Constituição que incluía o levantamento da proibição do país albergar bases militares estrangeiras.

Na semana passada, a Administração dos Estados Unidos também anunciou um acordo com o Equador para eliminar, em alguns produtos, as tarifas impostas pelo Presidente Donald Trump ao país andino, que começaram em abril em 10% e aumentaram para 15% a partir de agosto.

De acordo com o Ministério da Produção, Comércio Exterior e Investimentos do Equador, os Estados Unidos eliminaram a sobretaxa sobre 105 produtos, mas ainda se encontra "em desenvolvimento" um processo de negociação comercial relativo a outros produtos.

Artigos Relacionados

A fragilidade do que é essencial: proteger a justiça

A recente manifestação dos juízes e procuradores italianos, que envergaram as suas becas e empunharam cópias da Constituição nas portas dos tribunais, é um sinal inequívoco de que mesmo sistemas jurídicos amadurecidos podem ser alvo de ameaças sérias à sua integridade.

Jolly Jumper

Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.