Sábado – Pense por si

O #metoo chegou à indústria cinematográfica da Alemanha

O ator Til Schweiger foi acusado de agredir colegas durante filmagens e obrigar uma figurante a tirar o sutiã para uma cena.

O ator Til Schweiger, uma das maiores estrelas do cinema alemão, foi acusado por mais de 50 pessoas de intimidação,bullying, atos de violência, agressão verbal e abuso de poder nossetsde filmagem. 

REUTERS/Arnd Wiegmann

Algumas das situações, relatadas à revistaDer Spiegel, terão ocorrido no seu último filme,Manta Manta – Zwoter Teil, uma produção que realizou, escreveu e interpretou e que tem sido um sucesso de bilheteira.

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Algumas das pessoas que aceitaram falar com a imprensa alemã garantem que os abusos ocorrem há mais de uma década. Há quem diga que os elementos da equipa eram tratados como "servos", que eram frequentemente assediados fisicamente e que os horários de trabalho eram excedidos.

Numa outra situação, há quem descreva que Schweiger agrediu um colega que o proibiu de entrar nosetde filmagens embriagado, algo que seria recorrente.  Mas a situação que estará na origem das denuncias prende-se com o relato de uma figurante que foi forçada a tirar o sutiã para uma cena, sendo que não estava devidamente informada.

A ministra da cultura da Alemanha, Claudia Roth, acabou por ter de se pronunciar sobre o caso, mandando abrir uma "investigação abrangente" sobre as denúncias. Mas foi mais longe e afirmou que "os génios artísticos não estão acima da lei", ameaçando retirar os subsídios públicos às produções que não cumpram com a proteção dos seus trabalhadores.

No caso da produção deManta Manta, falamos de uma quantia de 2.1 milhões de euros.

Til Schweiger é cara conhecida do cinema alemão, mas ganhou maior destaque internacional depois de participar no filmeSacanas sem Lei, de Quentin Tarantino. O advogado do ator já negou todas as acusações dizendo que as mesmas eram "extremamente incompletas, distorcidas e, em alguns casos, erradas".

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