A embarcação transportava cerca de 45 migrantes, mas só quatro sobreviveram.
Pelo menos 41 pessoas morreram num naufrágio no largo da ilha italiana de Lampedusa, em Itália. O barco veio da cidade de Sfax, na Tunísia, e afundou devido à agitação do mar quando ia a caminho de Itália.
REUTERS/Juan Medina
Quatro migrantes sobreviveram. Dois homens, uma mulher e um rapaz de 13 anos, provenientes da Costa de Marfim e da Guiné, foram resgatados na manhã desta quarta-feira por um navio de carga e transferidos para um barco da guarda costeira italiana.
Os sobreviventes disseram aos socorristas que a embarcação transportava cerca de 45 pessoas, das quais três eram criança. Afundou quando uma "grande onda" virou a embarcação, o que fez com que todos os passageiros fossem atirados ao mar.
O barco tinha cerca de sete metros de comprimento, partiu de Sfax na quinta-feira, dia 3, e afundou horas depois do início da viagem. Os sobreviventes mencionaram que a embarcação começou a encher-se de água assim que chegaram ao mar alto.
Os corpos dos restantes passageiros ainda não foram encontrados pelos socorristas, uma vez que as pessoas resgatadas foram encontradas a alguma distância do local do naufrágio. De acordo com os sobreviventes, os restantes passageiros morreram afogados, incluindo as três crianças.
Este naufrágio ocorreu apenas alguns dias após dois barcos afundarem na mesma área, levando a uma operação de resgate de 57 pessoas. Uma das embarcações transportava 48 pessoas, das quais 43 foram resgatadas. Já a segunda embarcação transportava 42 e apenas 14 foram resgatados. O corpo de uma mulher e de um bebé de 18 meses foram recuperados pela guarda costeira italiana, mas mais de 30 pessoas continuam desaparecidas.
Sfax, uma cidade portuária da Tunísia, situa-se a 130 quilómetros de Lampedusa, acabando por ser uma porta de entrada na Europa para os migrantes e refugiados.
Desde o início deste ano, mais de 93.750 pessoas desembarcaram em Itália depois de atravessarem de barco o mar Mediterrâneo, mais do dobro das chegadas no mesmo período em 2022. A sua grande maioria, cerca de 42 mil, partiu da Tunísia, tendo a União Europeia assinado um acordo de mil milhões de euros para ajudar com a migração irregular em julho.
Recentemente, a Tunísia foi acusada de retirar centenas de migrantes da África subsariana para uma zona desolada ao longo da fronteira com a Líbia. Guardas fronteiriços da Líbia e trabalhadores humanitários afirmaram ter resgatado dezenas de migrantes deixados no deserto pelas autoridades da Tunísia sem água, comida ou abrigo.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, desde 2014 quase 28 mil pessoas desapareceram no mar Mediterrâneo. Em 2022, desapareceram 2.411 pessoas na travessia do mar Mediterrâneo. Em 2023, são já 2.063.
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