Médicos israelitas partilharam com a BBC as condições em que os palestinianos detidos em Gaza enfrentam nos hospitais do país.
Palestinianos detidos em Gaza e levados para Israel são recorrentemente mantidos algemados a camas de hospitais, vendados, por vezes nus e forçados a usar fraldas. Estas acusações foram feitaspor médicos israelitas à BBC, um descreveu mesmo as práticas como "tortura".
REUTERS/Ronen Zvulun
Foram detalhados procedimentos num hospital militar que causam "uma dor inaceitável" aos detidos e são realizados "rotineiramente" e sem qualquer tipo de analgésicos.
Já um médico de um hospital público partilhou que os analgésicos foram usados "seletivamente" e "de forma muito limitada" durante um procedimento médico invasivo realizado a um palestiniano detido em Gaza. Este médico acusou ainda Israel de manter pacientes gravemente doentes sem tratamento adequado e em instalações militares improvisadas, especialmente no hospital militar de campanha na base militar de Sde Teiman, no sul de Israel.
Também um palestiniano detido em Gaza e levado para Israel para ser interrogado partilhou com a BBC, após ser libertado, que a sua perna teve de ser amputada porque lhe foi negado o tratamento necessário para uma ferida infetada.
As Forças de Defesa Israelitas (IDF) garantem que todos os detidos foram tratados "de forma adequada e cuidadosa".
O hospital militar de Sde Teiman foi criado após os ataques de 7 de outubro depois de alguns hospitais públicos terem partilhado a sua relutância em cuidar de possíveis combatentes do Hamas. Desde então é para aqui que as IDF levam o grande número de detidos em Gaza para interrogatório apesar de o exército não apresentar dados sobre quantas pessoas aqui mantém.
O chefe do Conselho de Ética do país, Yossi Walfisch, fez uma visita ao hospital de campanha e defendeu que todos os pacientes devem ter o direito de ser tratados sem serem algemados, mas que a segurança do pessoal médico deve prevalecer sobre as outras considerações éticas. Mais tarde publicou uma carta onde garantiu que "os terroristas recebem tratamento médico adequado".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.