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No país, morreram pelo menos 293 pessoas, de acordo com o último balanço das autoridades. Cidade da Beira volta a ter água este sábado.
O Presidente da República frisou que "até agora, felizmente, não temos nenhum dado que permita falar de algum compatriota falecido" em Moçambique, após a passagem do ciclone Idai. No país, morreram pelo menos 293 pessoas, de acordo com o último balanço das autoridades.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o contacto com portugueses residentes na zona da Beira – uma das cidades mais fustigadas - tardou devido à "quebra de energia e quebra de comunicações" e porque muitas pessoas saíram das casas: "Havia os que tinham ido para casa de amigos, para casa de familiares, para pensões."
Confrontado com as críticas feitas pela comunidade portuguesa na Beira ao Governo português, Marcelo pediu compreensão para "como é difícil o apoio imediato sem comunicações, sem energia e num estado estrangeiro".
"Estamos a tentar normalizar a situação. Mesmo no que diz respeito aos portugueses, estamos a agir num país estrangeiro com as condicionantes de ter de refazer tudo, a começar nas comunicações. Poder-se-ia esperar outro tipo de resposta, mas está a atuar-se num Estado estrangeiro, que tem estruturas próprias, com organizações internacionais", esclareceu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas no Porto.
Graham Taylor veio do Zimbabué para se instalar no Chimoio, Moçambique, há 15 anos. Depois da passagem do ciclone Idai, foi à Beira para ajudar familiares e funcionários da sua empresa. Demorou três dias a voltar e teve que percorrer mais de 25 quilómetros a pé, entre Lamego e Nhamatanda.
Graham Taylor veio do Zimbabué para se instalar no Chimoio, Moçambique, há 15 anos. Depois da passagem do ciclone Idai, foi à Beira para ajudar familiares e funcionários da sua empresa. Demorou três dias a voltar e teve que percorrer mais de 25 quilómetros a pé, entre Lamego e Nhamatanda.
Cidade da Beira volta a ter água no sábado
A cidade da Beira, no centro de Moçambique e que foi danificada em 85% pelo ciclone Idai, na semana passada, deve ter água potável a partir de sábado, segundo organizações internacionais a trabalhar na cidade.
Hoje, na sequência de uma reunião de entidades a trabalhar no socorro às vítimas, Pedro Matos, coordenador de emergência do Programa Alimentar Mundial, explicou que na noite de quinta feira foram ligados os geradores que permitem o funcionamento da estação de tratamento de águas, que os tanques de água estiveram "toda a noite a encher", e que no sábado vai começar a ser "bombeada água para as pessoas".
Deixe de lado as dúvidas que andam no ar, que a gente até percebe, mas neste momento há pessoas desesperadas que não podem esperar. E não podem pagar os justos pelos pecadores, já dizia a minha Avó. - Opinião , Sábado.
Deixe de lado as dúvidas que andam no ar, que a gente até percebe, mas neste momento há pessoas desesperadas que não podem esperar. E não podem pagar os justos pelos pecadores, já dizia a minha Avó. - Opinião , Sábado.
Segundo o responsável a eletricidade vai demorar mais tempo a ser reposta, porque há muitos cabos de eletricidade pelo chão, ainda que a energia de média tensão para hospitais e indústria possa ser ligada ainda "esta semana".
Outra boa notícia, disse, é haver já comunicações, o que vai permitir abrir outros centros de operações para acudir às vítimas do ciclone e das cheias que se lhe seguiram.
Pedro Matos disse que a atual e única base de operações na Beira vai apoiar as pessoas afetadas na região, mas que vai ser aberta uma nova base em Chimoio, perto da fronteira com o Zimbabué, para coordenar toda a assistência nessa região. Vai haver ainda uma terceira base em Quelimane, na Zambézia, o que permite, com o apoio de Maputo, cobrir toda a assistência à metade sul de Moçambique.
E ainda outra boa notícia, adiantou, é que está para breve a abertura de uma ligação à estrada nacional número 6, que tem estado fechada e que vai permitir abastecer a Beira de alimentos e outros bens.
"Precisamos de centenas de camiões carregados e cada helicóptero leva um décimo de um camião, e cada avião pesado leva um camião", salientou, para dizer que a operação em curso só é possível com uma estrada aberta.
Pedro Matos não faz ainda um balanço final da situação, justificando que tal só é possível quando as águas retrocederem, mas avisou que as regiões de Manica e Chimoio também foram muito afetadas. No vale do Zambeze já estavam afetadas pelas cheias 120.000 pessoas, que continuam com problemas.
Hoje terão sido resgatadas, disse, mais de mil pessoas, a maior parte por barco. Pedro Matos afiançou que neste momento já não há pessoas em árvores, para fugir da subida das águas, mas que ainda há pessoa isoladas em "ilhas".
Na vila de Buzi, das mais afetadas, "há pessoas isoladas mas não estão em perigo de vida", disse.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai estar entre esta quarta e quinta-feira a recolher donativos na sede, em Lisboa, de forma a apoiar as vítimas do ciclone Idai, em Moçambique. A associação está a pedir alimentos e produtos de higiene básico e a aceitar também doações monetárias, com os produtos a serem enviados para o país já esta sexta-feira.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai estar entre esta quarta e quinta-feira a recolher donativos na sede, em Lisboa, de forma a apoiar as vítimas do ciclone Idai, em Moçambique. A associação está a pedir alimentos e produtos de higiene básico e a aceitar também doações monetárias, com os produtos a serem enviados para o país já esta sexta-feira.
Primeiro C-130 português com apoio chegou à Beira
O primeiro de dois aviões C-130 com apoio português às operações de socorro às vítimas da passagem do ciclone Idai em Moçambique chegou hoje ao início da tarde ao aeroporto da Beira.
O avião chegou às 16:00 locais (14:00 em Lisboa) ao aeroporto da Beira, tendo as equipas que seguiam a bordo sido recebidas pelo secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.
A aeronave transporta a força de reação imediata portuguesa, constituída por 25 fuzileiros, dez elementos do Exército, três da Força Aérea e dois da GNR (equipa cinotécnica).
O envio dos dois C-130 Hércules, da Força Aérea Portuguesa, foi anunciado ao início da noite de quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal (MNE), Augusto Santos Silva, tendo partido de Lisboa algumas horas depois.
Um segundo C-130 com apoio português partiu na noite de quinta-feira para a Beira, transportando uma equipa avançada de peritos da Autoridade Nacional de Proteção Civil, elementos da Força Especial de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana (GIPS e binómios de busca e socorro), do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da EDP.
No primeiro avião, além dos 35 militares, integram a força, uma equipa cinotécnica (homem e cão) da GNR, numa operação coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Os técnicos portugueses que chegaram hoje ao centro de Moçambique vão apoiar as operações de busca e salvamento, com uma equipa de fuzileiros que já tinha estado numa missão anterior no país e que "conhece bem as responsabilidades", descreveu o ministro.
A força inicial integra também uma equipa médica do Exército português e meios para ajuda médica de emergência, incluindo camas, tendas e outros equipamentos, acrescentou Augusto Santos Silva.
Este primeiro C-130 transporta ainda um oficial de engenharia cuja missão fundamental é identificar as necessidades mais prementes do ponto de vista do restabelecimento das comunicações.
Marcelo: não há dados sobre morte de portugueses em Moçambique
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