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Manifestações pela Palestina multiplicam-se no Ocidente

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 29 de outubro de 2023 às 16:24
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Este domingo estão a decorrer manifestações em Lisboa e no Porto. Os manifestantes pedem o cessar-fogo "pela paz e pelos direitos do povo palestiniano".

Este domingo, em Lisboa, está a realizar-se uma manifestação "pela paz e pelos direitos do povo palestiniano". O encontro foi marcado na Praça do Martim Moniz e os manifestantes seguem em direção à Praça do Município.

Os manifestantes pedem um cessar-fogo imediato para "impedir uma ainda maior e terrível tragédia na Faixa de Gaza", tal como referia a convocatória feita pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses e pelo Movimento Pelos Direitos do Povo Palestino.

"Estamos aqui para fazer nossas as palavras de António Guterres", referiu Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, que marcou presença nesta manifestação. Garantindo que o partido condena os ataques a civil, idependentemente dos seus atores.

Também para a cidade do Porto está marcado uma manifestação de apoio à Palestina que terá início pelas 17 horas. Mas este tipo de manifestações não são exclusivas a Portugal, durante os últimos dias Nova Iorque, Londres, Madrid, Copenhaga, Roma, Estocolmo e muitas outras cidades do mundo numa tentativa de pressionar Israel ao cessar fogo.

No sábado centenas de manifestantes reuniram-se em Londres, onde as imagens aéreas revelaram uma grande multidão a marchar pelo centro da cidade e a exigir ao governo de Rishi Sunak que apoie um cessar-fogo. As autoridades locais estimam que estiveram presentes entre 50 e 70 mil pessoas.

Até ao momento o primeiro-ministro britânico ainda não pediu um cessar-fogo e apoiou o direito de Israel de se defender, o que tem ajudado a aumentar o número de manifestantes na rua, apesar de defender uma pausa humanitária para que a ajuda necessária chegue à população do enclave.

Em França nem a proibição de comícios de apoio à Palestina fez parar os manifestantes e no sábado centenas de pessoas reuniram-se em Paris e em Marselha. Em Paris os manifestantes pediram um cessar-fogo urgente porque é preciso "parar de matar mulheres, crianças e homens".

Também durante o dia de ontem o presidente turco falou a milhares de apoiantes durante um comício em Istambul e classificou Israel como um estado ocupante, defendendo ainda que o Hamas não é uma organização terrorista, mas sim nacionalista.

Segundo as informações avançadas pelo Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, já morreram mais de oito mil pessoas desde o início da ofensiva israelita após os ataques de 7 de outubro.

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