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Macron diz que queda do governo francês "não foi compreendida" e afasta demissão

O presidente francês falou esta quinta-feira ao país, após a queda do executivo de Michel Barnier. Acusou a extrema-direita e a extrema-esquerda de se unirem e avançou que não se pretende demitir.

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta quinta-feira, numa comunicação ao país, que a queda do governo francês "não foi compreendida" e aproveitou para agradecer ao primeiro-ministro, Michel Barnier, por toda a sua dedicação ao país. 

Michel Euler/Pool via REUTERS

"Ontem, a Assembleia Nacional votou por maioria absoluta pela censura ao governo de Michel Barnier. Tomei nota da sua demissão. Quero agradecer a Michel Barnier pela sua dedicação. Ele e os seus ministros estiveram à altura da situação quando tantos outros não o fizeram", disse. "Devo admitir que a decisão [de derrubar o governo] não foi compreendida."

Enquanto se dirigia ao país, o presidente informou que irá nomear um primeiro-ministro "nos próximos dias". Disse acreditar que se o governo de Barnier foi censurado é "porque a extrema-direita e a extrema-esquerda se uniram numa frente anti-republicana".

Quanto ao Orçamento do Estado para 2025, prometeu um projeto de "lei especial" que será apresentado em meados de dezembro no Parlamento. "Esta lei temporária permitirá, como prevê a Constituição, a continuidade dos serviços públicos e da vida do país. Aplicará as escolhas de 2024 para 2025."

Emmanuel Macron avançou ainda que não se pretende demitir e lembrou que o seu mandato terminará "daqui a 30 meses".

"O mandato que me confiou democraticamente é um mandato de cinco anos e irei exercê-lo integralmente até ao fim. A minha responsabilidade passa por garantir a continuidade do Estado, o bom funcionamento das nossas instituições, a independência do nosso país e a proteção de todos vós", explicou.

Macron, falava esta quinta-feira ao país, depois do governo de Michel Barnier ter sido destituído, na quarta-feira, após a aprovação de uma moção de censura, na sequência da tentativa de aprovação da lei da Segurança Social sem votação do parlamento.

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