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Lukashenko defende que a expansão da NATO vai ditar um conflito global

O presidente bielorrusso acusou ainda que a NATO está a criar "campos de testes" de novos armamentos e uma forma de destruição de "armas velhas" em "alguns países".

O presidente bielorrusso afirmou na quinta-feira que o alargamento da NATO, nomeadamente através da adesão da Finlândia e do pedido da Suécia, "colocou o mundo à beira de um conflito global" e defendeu que é preciso "um novo sistema de relações internacionais" que considere o papel das atuais potências.

Press Service of the President of the Republic of Belarus/Handout via REUTERS

Os recentes movimentos de expansão da aliança atlântica consistem num motivo de preocupação para Alexander Lukashenko devido à aproximação e consolidação da aliança militar em territórios próximos da Bielorrússia e da Rússia.

Numa conferência de imprensa durante um congresso da Organização do Tratado de Segurança Coletiva pediu que os esforços sejam concentrados "na formação de um novo sistema internacional" baseado em "normas universalmente reconhecidas" e não naquelas que "o Ocidente está a tentar impor".

O presidente bielorrusso afirmou ainda que "alguns países" se estão a tornar um "campo de testes" de novos armamentos e uma forma de destruição de "armas velhas", numa aparente referência à Ucrânia.

Este discurso foi o regresso de Lukashenko ao cenário público, após especulações sobre um possível agravamento do seu estado de saúde.

A Bielorrússia tem se afirmado como um importante aliado político e militar para Vladimir Putin, estreitando ainda mais as relações com a Rússia desde o início da invasão à Ucrânia. Na semana passada Lukashenko este em Moscovo para as celebrações do Dia da Vitória, dia em que é comemorado a vitória sobre os nazis na II Guerra Mundial.

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