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Luigi Mangione, acusado de assassinar CEO da UnitedHealth, deverá regressar a tribunal

Luana Augusto
Luana Augusto 16 de setembro de 2025 às 14:36
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Juiz deverá decidir esta terça-feira a data do início do julgamento.

, o homem de 27 anos que está acusado de ter assassinado o CEO da UnitedHealthcare Brian Thompson, deverá comparecer esta terça-feira no tribunal de Manhattan. Ao que tudo indica, o juiz Gregory Carro, do Supremo Tribunal de Nova Iorque, deverá decidir a data do início do julgamento e qual será o primeiro processo (estadual ou federal) a ser julgado.

Luigi Mangione vai a tribunal em Manhattan pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare
Luigi Mangione vai a tribunal em Manhattan pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare AP Photo/Gene J. Puskar, Pool

Mangione enfrenta atualmente várias acusações. Está nomeadamente acusado de homicídio e promoção do terrorismo, por ter alegadamente assassinado Thompson, de 50 anos, à porta de um hotel onde o milionário estava hospedado, em Nova Iorque - num caso que remonta a dezembro do ano passado. Além de ser alvo de acusações no tribunal de Manhattan, enfrenta outras num tribunal da Pensilvânia.

A pena máxima para as acusações estatais é de prisão perpétua sem liberdade condicional, mas as acusações federais que enfrenta podem implicar a possibilidade de pena de morte. O Ministério Público chegou, aliás, a pedir que Mangione fosse condenado à pena de morte, mas o suspeito no assassinado do CEO da UnitedHealthcare.

"Após uma cuidadosa consideração, instruí os promotores federais a escolher a pena de morte neste caso, enquanto vemos que Trump organiza a agenda para lutar contra crimes violentos e tornar a América segura novamente", explicou a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, citada pela agência noticiosa Associated Press.

O caso remonta a 4 de dezembro de 2024, quando Thompson foi morto a tiro à porta de um hotel em Nova Iorque e Mangione foi detido num McDonald's no estado da Pensilvânia, após cinco dias de buscas. 

Na altura, a polícia nova-iorquina encontrou uma arma produzida através de uma impressora 3D, que terá sido utilizada no tiroteio, um bilhete de identidade falso, onde Mangione descrevia a sua motivação para assassinar o CEO da UnitedHealthcare e manifestava a sua hostilidade para com o setor dos seguros de saúde. "O que fazes? Eliminas o CEO na anual convenção parasítica de burocratas. É direcionado, preciso, e não coloca inocentes em risco", lia-se na nota.

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