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MP americano pede pena de morte para Luigi Mangione

Diogo Barreto
Diogo Barreto 01 de abril de 2025 às 16:51
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"Instruí os promotores federais a escolher a pena de morte neste caso", disse a procuradora-geral dos Estados Unidos.

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, deu instruções aos procuradores federais encarregues de investigarem o caso de Luigi Mangione, ohomem acusado de matar a tiro o CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, para que peçam a condenação do suspeito à pena de morte. 

Steven Hirsch/New York Post via AP, Pool, File

"O homicídio de Brian Thompson – um homem inocente e pai de duas crianças pequenas – por Luigi Mangione foi uma morte premeditada e a sangue frio que chocou a América. Após uma cuidadosa consideração, instruí os promotores federais a escolher a pena de morte neste caso, enquanto vemos que Trump organiza a agenda para lutar contra crimes violentos e tornar a América segura novamente", explicou Pam Bondi, citada pela agência noticiosa Associated Press.

Mangione é o principal suspeito do homicídio do diretor-executivo da empresa de seguros UnitedHealth, Brian Thompson. O empresário foi morto a tiro em dezembro por um homem armado e mascarado que se encontrava à porta de um hotel onde estava hospedado o milionário, em Nova Iorque. 

Quando foi detido, Mangione tinha em sua posse um caderno onde se podia ler: "O que fazes? Eliminas o CEO na anual convenção parasítica de burocratas. É direcionado, preciso, e não coloca inocentes em risco". Além disso, na plataforma Substack, o jornalista norte-americano Ken Klippenstein divulgou a carta escrita pelo suspeito às autoridades. "Afirmo que não estava a trabalhar com ninguém. Isto foi bastante trivial: alguma engenharia social elementar, CAD básico (desenho assistido por computador na sigla original), muita paciência. O caderno em espiral, se o tiverem, tem algumas notas irregulares e listas de tarefas que esclarecem a essência do ato".

Luigi Mangione escrevia ainda nessa carta: "Francamente, estes parasitas estavam a pedi-las", antes de explicar o seu raciocinio: "Os EUA têm o sistema de saúde mais caro do mundo e, no entanto, ocupamos a 42ª posição em termos de esperança média de vida. A United é a maior empresa [indecifrável] dos EUA em termos de capitalização bolsista, atrás da Apple, do Google e do Walmart. Tem crescido e crescido, mas e a nossa esperança média de vida? Não, a realidade é que estes [indecifrável] simplesmente se tornaram demasiado poderosos e continuam a abusar do nosso país para obterem imensos lucros, porque o público americano lhes permitiu que se safassem".

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