Ministro russo visitou a Coreia do Norte durante a celebração da vitória na guerra contra o Sul. Autoridades chinesas também rumaram a Pyongyang.
O presidente da Coreia do Sul, Kim Jong-un, mostrou as últimas armas do país ao ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, esta quarta-feira. Entre elas, encontravam-se mísseis balísticos que foram banidos pelas Nações Unidas. A viagem do ministro russo coincide com o 70º aniversário do fim da guerra da Coreia, ao qual Pyongyang se refere como "Dia da Vitória".
Kim Jong Un e Sergei ShoiguKCNA via REUTERS
A delegação russa e as autoridades chinesas foram convidadas para as comemorações, que são normalmente marcadas por grandes desfiles militares. Sergei Shoigu é o primeiro ministro da Defesa russo a entrar na Coreia do Norte desde a queda da União Soviética em 1991.
As armas exibidas incluíam um míssil balístico intercontinental ICBM Hwasong-18, arma com combustível sólido mais difícil de detetar e intercetar do que outros ICBMs de combustível liquido. Estes mísseis foram proibidos pelo Conselho de Segurança da ONU.
Foram também exibidos dois novos drones, incluindo um semelhante ao um drone de ataqueusado pela Força Aérea dos Estados Unidos, de acordo com o NK News, plataforma online dos Estados Unidos que fornece notícias sobre a Coreia do Norte.
O líder norte-coreano recebeu também uma carta do presidente russo, Vladimir Putin. A Coreia do Norte expressou o seu "forte" apoio à guerra na Ucrânia, e "solidariedade para com a Rússia em assuntos-chave que sublinham o nosso interesse e determinação para nos opormos à política do Ocidente, que evita o estabelecimento de uma verdadeira ordem mundial multipolar e justa", segundo a agência noticiosa estatal russa RIA.
A visita de Shoigu acontece numa altura em que estão a ocorrer acusações sobre Pyongyang estar a fornecer armas à Rússia para uso na guerra com a Ucrânia. Tanto Pyongyang como Moscovo negam as alegações.
A agência de notícias norte-coreana KCNA referiu que o presidente da Coreia do Norte e o ministro da Defesa russo discutiram "assuntos de interesse mútuo" nas áreas de defesa nacional e segurança internacional.
Analistas afirmam que esta visita é considerada um desenvolvimento significativo porque sugere que a Rússia começa a aceitar o programa nuclear da Coreia do Norte.
A delegação chinesa, liderada pelo membro do conselho de ministros Li Hongzhong, também entregou uma carta do presidente chinês, Xi Jinping, ao presidente da Coreia do Norte. Kim Jong Un Li disse a Hongzhong que "o povo coreano nunca esquecerá o facto de os corajosos soldados dos Voluntários do Povo Chinês terem derramado sangue para alcançar a vitória na guerra".
A declaração de Kim Jong Un vem do facto de, em 1950, Pequim ter enviado tropas para apoiar a Coreia do Norte na guerra contra a Coreia do Sul. A Rússia continua a ser um aliado natural da Coreia do Norte, desde o colapso da União Soviética, devido à aversão mútua aos Estados Unidos.
Do lado dos EUA, Washington está "incrivelmente preocupado" com laços entre Moscovo e Pyongyang, segundo o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Vedant Patel.
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