Nome deverá ser conhecido antes da Convenção Democrata marcada para 19 de agosto. Governadores destacam-se na lista, que inclui senadores e um almirante reformado.
Já não é novidade que Kamala Harris se vai candidatar à presidência dos EUA: mas não se sabe quem irá levar ao seu lado para a Casa Branca. Vários nomes se perfilam para a vice-presidência e, segundo o site Politico, dentro do Partido Democrata os grupos fazem pressão com vista à escolha do seu favorito. Kamala Harris tem menos de um mês antes da Convenção Democrata (19-22 agosto), que irá confirmar a sua nomeação – já conta com o apoio da maioria dos delegados - para escolher o seu vice-presidente.
Segundo a agência noticiosa Reuters, sete nomes surgem como os mais prováveis e Kamala Harris já pediu ajuda à firma de advogados de Eric Holder, antigo procurador-geral, para vetar nomes. Eis os mais sonantes.
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Andy Beshear, governador do Kentucky, 46 anos
Andy Beshear conseguiu construir uma carreira política de sucesso num estado maioritariamente republicano e que apoiou Donald Trump com uma margem de mais de 26 pontos percentuais em 2020, detalha a agência Reuters.
Beshear destaca-se pelo seu trabalho na criação de emprego, apoio à educação pública e expansão do acesso à saúde. Também vetou a legislação que proibia o aborto e cuidados de afirmação de género para jovens transgénero, apesar de esses vetos terem sido anulados pela legislatura republicana.
O governador do Kentucky apoiou Kamala Harris na segunda-feira que se seguiu ao discurso de Biden, considerando que ela podia ajudar os EUA "a avançar para algo melhor".
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Pete Buttigieg, secretário dos Transportes dos EUA, 42 anos
Pete Buttigieg, ganhou uma base de apoio significativa entre os eleitores democratas durante as primárias de 2020, tendo concorrido contra Biden e Harris. Venceu o caucus do Iowa, tendo recebido as preferências dos representantes democratas que votaram nesse momento.
Conhecido como um defensor eficaz das políticas de Biden, Buttigieg apoiou Biden e foi nomeado para a sua Administração em 2021. Ex-presidente da Câmara de South Bend, no estado do Indiana, Pete Buttigieg também tem ligações profundas com o Michigan, um estado crucial para os democratas.
Apoiou a candidatura de Harris no domingo em que Biden saiu da corrida. "É agora a pessoa certa para segurar a tocha, derrotar Donald Trump e suceder a Joe Biden… Farei tudo o que puder para a ajudar", prometeu o governante.
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Roy Cooper, governador da Carolina do Norte, 67 anos
Roy Cooper tem recebido elogios dos democratas por se focar no desenvolvimento económico e pela capacidade de manter boas taxas de aprovação num estado politicamente competitivo que votou em Trump em 2016 e 2020, frisa a Reuters.
"Se querem um nomeado que possa pôr no centro da discussão a destruição que Donald Trump fez de Roe [decisão judicial que permitia a interrupção da gravidez nos EUA], se querem um nomeado que processou criminosos como Donald Trump, e se querem um nomeado que possa sublinhar a idade e capacidade de Trump, Kamala Harris é essa pessoa", afirmou Roy Cooper ao canal MSNBC na segunda-feira.
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Mark Kelly, senador dos EUA pelo Arizona, 60 anos
O senador Mark Kelly é valorizado entre as elites democratas por manter um tom moderado num estado tradicionalmente republicano, mas onde Biden conseguiu vencer em 2020. Ex-capitão da marinha e astronauta, Kelly também é marido da ex-congressista Gabrielle Giffords, que sobreviveu a um tiroteio em campanha em 2011.
"Não posso ter mais confiança de que a vice-presidente Kamala Harris é a pessoa certa para derrotar Donald Trump e liderar o nosso país rumo ao futuro. Ela tem o meu apoio na nomeação, e eu e a Gabby faremos tudo o que pudermos para a eleger presidente dos Estados Unidos", garantiu o senador nas redes sociais no domingo.
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William H. McRaven, almirante da Marinha reformado, 68 anos
Ficou célebre por comandar a operação militar que levou à morte de Osama Bin Laden em 2011, no Paquistão. Destaca-se como a figura principal fora do meio político a ser considerada para a vice-presidência.
Tem experiência em temas de segurança nacional, devido à coordenação direta de operações especiais com a NATO e os aliados europeus de Washington, bem como ao planeamento estratégico de ações contraterroristas no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
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Josh Shapiro, governador da Pensilvânia, 51 anos
Josh Shapiro é governador desde 2023 mas já é considerado uma estrela em ascensão dentro do seu partido. Também foi procurador-geral estatal, como Kamala Harris, e venceu republicanos num estado que é fulcral para assegurar a presidência em novembro.
Shapiro e Harris falaram no domingo, revela a agência Reuters. "Conheço Kamala Harris há quase duas décadas – fomos ambos procuradores, defendemos o estado de Direito, lutámos pelas pessoas e conseguimos resultados. Kamala Harris é uma patriota que merece o nosso apoio", defendeu num comunicado.
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J.B. Pritzker, governador do Illinois, 59 anos
O bilionário governador de Illinois, J.B. Pritzker, usou os seus recursos financeiros para apoiar a campanha de Biden e organizar a Convenção Nacional Democrata em Chicago. Embora o Illinois seja fortemente democrata, o vizinho Wisconsin é um dos principais estados nas eleições de 2024.
A sua fortuna está ligada aos hotéis Hyatt.
J. B. Pritzker revelou que tinha falado com Kamala Harris antes de lhe dar o seu apoio e crê que é importante eleger uma mulher para a presidência dos EUA. "Harris provou, em cada ponto da sua carreira, que detém as capacidades, força e caráter para liderar este país e a visão para melhorar as vidas de todos os norte-americanos. Representa a melhor hipótese do nosso partido para derrotar Donald Trump", afirmou.
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Tim Walz, governador do Minnesota, 60 anos
Veterano da Guarda Nacional, já representou o seu estado tendencialmente republicano no Congresso. "Obrigado pela chamada, Kamala Harris", escreveu o governador nas redes sociais. "Tens o meu apoio total."
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Gretchen Whitmer, governadora do Michigan, 52 anos
Gretchen Whitmer tem uma forte base de apoio num estado disputado. Ela era uma hipótese para Biden como possível vice-presidente em 2020 e foi uma defensora ativa da sua campanha de reeleição.
Uma possível coligação entre Harris-Whitmer seria a primeira composta só por mulheres de um grande partido político nos EUA, o que poderia ser uma vantagem numa eleição em que os direitos reprodutivos são uma questão central, considera a agência noticiosa Reuters.
Whitmer apoiou Harris na segunda-feira e será co-presidente da campanha. Apesar de o seu nome ser um dos falados para a vice-presidência, a governadora descartou essa hipótese: "Não vou deixar o Michigan."
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