"Eu sei bem como são as pessoas da espécie dele ", referiu Harris num comício em Milwaukee, puxando galões ao seu passado como procuradora e lembrando que pretende concorrer contra um condenado.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, lembrou o seu passado como procuradora para lançar um ataque ao candidato republicano, Donald Trump, o primeiro ex-presidente norte-americano condenado na história do país. Harris foi procuradora-geral da Califórnia entre 2011 e 2017.
REUTERS/Kevin Mohatt
"Eu sei bem como são as pessoas da espécie dele ", referiu Kamala Harris num comício em Milwaukee, o primeiro desde que garantiu matematicamente a indicação democrata na noite de segunda-feira. Kamala Harris já conseguiu o apoio de 2.579 delegados, o suficiente para garantir uma nomeação em agosto. "Enfrentei criminosos de todos os tipos: aqueles que abusaram de mulheres, golpistas que enganaram os consumidores, trapaceiros que violaram regras para ganho pessoal. Então ouçam-me com atenção: eu conheço o tipo de Trump", sublinhou a democrata. Trump foi condenado, em maio deste ano, num julgamento criminal em que era acusado de ter falsificado documentos para encobrir um escândalo sexual.
Harris atacou ainda o programa republicano, afirmando que políticas como restrições no acesso aos cuidados de saúde para doentes crónico já foram tentadas e fracassaram. No seu discurso, a vice-líder da Casa Branca salientou que acredita "num futuro em que cada pessoa terá a oportunidade não só de sobreviver, mas de progredir".
A vice-presidente aprofundou estas diferenças ao definir a sua campanha como um movimento "impulsionado pelo povo" e comprometido com "a classe média americana", garantindo, ao mesmo tempo, que as grandes corporações e os multimilionários estão com a campanha do seu rival republicano. Apesar destas afirmações, a campanha de Harris já angariou mais de 000 milhões de dólares e o partido democrata é o partido que por norma tem financiamentos mais elevados.
A política democrata defendeu que se trata de "uma escolha entre a liberdade e o caos", quando os eleitores forem chamados para as presidenciais de novembro. "Nesta campanha, prometo-vos, terei orgulho em comparar o meu percurso com o dele [Trump] em qualquer dia da semana", desafiou Kamala Harris, que assumiu a candidatura à Casa Branca após a desistência, anunciada no domingo, do Presidente norte-americano, Joe Biden.
Segundo a agência Associated Press (AP), o evento refletiu uma vibração que faltava entre os democratas nas últimas semanas, somando-se à ideia, juntamente com 100 milhões de dólares (92 milhões de euros) em doações de campanha desde a tarde de domingo, de que Harris parece projetar um sentimento de confiança em relação às eleições de novembro.
Joe Biden anunciou no domingo a desistência da sua campanha de reeleição e o apoio a Kamala Harris como possível sucessora depois de semanas de pressão interna para desistir da corrida.
O líder da Casa Branca, de 81 anos, cuja condição de saúde tem vindo a ser questionada, vai explicar na quarta-feira a sua decisão num discurso à nação.
Para ser candidata contra Trump em novembro, a vice-presidente norte-americana, de 59 anos, tem de ser confirmada pelos delegados na Convenção Nacional Democrata, que vai decorrer em Chicago de 19 a 22 de agosto.
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