Fred C. Trump III escreveu um livro de memórias em que invoca momentos com o seu tio em que este disse que não valia a pena gastar dinheiro com essas pessoas.
Um sobrinho de Donald Trump garante, nas suas memórias, que ouviu o tio dizer, em pelo menos duas ocasiões, que era melhor deixar morrer algumas pessoas com invalidez elevada, do que gastar quantias elevadas para as ajudar.
REUTERS/Marco Bello
Estas afirmações aparecem no livro de memórias de Fred C. Trump III, que vai ser posto à venda na próxima semana, com o título "All in the Family: The Trumps and How We Got to Be This Way" (Tudo em Família: Os Trump e como nos Tornámos Assim").
Uma vez, Fred Trump organizou uma reunião na Casa Branca com o seu tio e várias pessoas para discutir a forma de ajudar as pessoas com deficiências graves, quando, revela agora, o então presidente (2017-2021) o chamou à parte e lhe disse: "Talvez seja melhor deixar estas pessoas morrer, dada a forma como vivem e todos os gastos" que causam.
Esta não foi a única vez, uma vez que, dois anos depois, quando Fred pediu ao seu tio, presidente dos EUA e milionário, que o ajudasse com o seu filho, uma vez que a fundação que financiava os seus tratamentos estava a ficar sem dinheiro, Donald Trump respondeu-lhe: "Olha, não sei… Nem te reconhece. Talvez seja melhor deixá-lo morrer e mudares-te para a Florida".
O jornal recorda que Fred C. Trump III criticou a irmã Mary por ter publicado em 2020 um livro com intimidades da família Trump, do qual Donald saia muito mal visto, acusando-a mesmo de traição, mas agora, por razões ainda desconhecidas, seguiu o mesmo caminho.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.