IDF alegam que Al-Sharif foi responsável por lançar ataques contra civis. Al Jazeera nega esta informação.
O repórter Anas al-Sharif, da Al Jazeera, foi morto na Faixa de Gaza durante um ataque israelita a uma tenda perto do Hospital Shifa. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), Al-Sharif estaria a fazer-se passar por jornalista, mas "servia como líder de uma célula terrorista do Hamas".
Jornalista do Al-Jazeera morto em Gaza; Israel diz que era "terrorista"Al Jazeera via AP
Israel garante que o repórter já havia "divulgado informações dos serviços secretos", confirmando assim a sua filiação ao Hamas. Além disso, afirma ter sido responsável por lançar ataques contra civis
O Comité para a Porteção dos Jornalistas (CPJ) critica agora este ataque, ao alegar que as forças de defesa israelitas não forneceram evidências que Al-Sharif fazia, de facto, parte do grupo terrorista. A Al Jazeera também condenou esta operação de Israel, através de um comunicado.
A estação de televisão classificou este episódio como um "assassinato seletivo" que visa a "liberdade de imprensa" e lamentou a morte de Al-Sharif. Segundo este meio de comunicação social, este repórter era "a única voz" no mundo que relatava os acontecimentos na Faixa de Gaza - isto porque Israel não permite a entrada de jornalistas internacionais em Gaza.
Além de Al-Sharif, morreram também neste ataque outros três jornalistas - Mohammed Qreiqeh, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa - e ainda o repórter de imagem Ibrahim Zaher. Momentos antes da sua morte, Al-Sharif, de apenas 28 anos, havia feito uma publicação na sua rede social X onde descrevia os intensos bombardeamentos israelitas na cidade de Gaza. Só neste ataque morreram um total de sete pessoas.
Esta não é a primeira vez que as forças israelitas matam um jornalista da Al-Jazeera em Gaza, ao alegar que eram filiados do Hamas. Em agosto do ano passado, também o repórter Ismael Al-Ghoul morreu num um ataque levado a cabo por Israel, enquanto estava sentado no seu carro. Nas redes sociais foi até partilhado um vídeo do seu corpo decapitado. No caso de Al-Ghoul, as IDF alegaram que ele participou nos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023 - informação esta que foi negada pela Al Jazeera.
Ao todo, e de acordo com os dados do CPJ, já morreram em Gaza 186 jornalistas.
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