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Israel vs. Irão, o peso das armas

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 23 de abril de 2024 às 23:00

Teerão tem mísseis e drones, Telavive tem maior e melhor aviação e defesa aérea. Mas responder será opção política, mais do que militar.

Em janeiro de 1965, Israel bombardeou e destruiu ostensivamente a gigantesca estação de bombagem de água de Shallal, na Síria, que desviaria o curso dos dois rios que abastecem o mar da Galileia, no norte, do qual dependia para abastecimento de água. Em 2007, a Força Aérea israelita destruiu “o cubo”, uma infraestrutura síria que estava a semanas de se transformar num reator nuclear ativo, em território sírio – e a operação só foi conhecida mais de 10 anos depois, por uma investigação do jornal Haaretz. Em junho 2010, a ação já foi de outro tipo. O vírus Stuxnet infetou 30 mil computadores no Irão, divididos por 14 instalações militares, provocando uma significativa destruição no complexo subterrâneo de Natanz, apontado como o mais inexpugnável dos sítios onde o Irão corre para enriquecer urânio. O ciberataque terá sido coordenado com os Estados Unidos. A forma de atuar de Israel face aos vizinhos hostis que o rodeiam variou ao longo do tempo, do alvo e do objetivo.

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