O regime de Teerão diz ter respondido à explosão no consulado iraniano em Damasco, cuja autoria atribuiu a Telavive. Foi a primeira vez que o Irão atingiu diretamente Israel, país cuja legitimidade contesta.
1- No sábado à noite, o Irão anunciou que estava a levar a cabo um ataque a Israel. A caminho estavam cerca de 300 drones e mísseis de cruzeiro e balísticos. Uma hora depois, Telavive confirmava o ataque. Para Teerão foi uma retaliação pela explosão no consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, onde morreram sete elementos da Guarda Revolucionária e seis sírios. Israel nunca negou ou confirmou a autoria desse ato. Ainda os drones estavam no ar e o Irão já dava por concluída a operação, apelando a que não houvesse resposta.2 - Recorrendo ao mesmo modelo de drones que vendeu à Rússia e que estão a ser usados na Ucrânia (com um custo unitário de cerca de €188 mil), o Irão pretendia atingir áreas militares e praticamente desertas. Segundo as autoridades israelitas, 99% foram destruídos sem atingir qualquer alvo. Muitos deles ainda antes de chegar a território israelita, abatidos pelos EUA, Jordânia ou Reino Unido. Alguns chegaram ao escudo israelita, conhecido como cúpula de ferro, e rebentaram nos céus de Telavive e Jerusalém.3 - O que se segue é a grande incógnita. Israel quer responder e retaliar, para já sem data nem moldes definidos, mas os receios de escalada para um conflito regional podem ser um entrave. Isso e a forte pressão internacional. Apesar do apoio na hora do ataque, os EUA já anunciaram que não estarão ao lado de uma resposta militar israelita. Pela Europa, América Latina e até na China os apelos à contenção multiplicaram-se. E o Irão já fez saber que a resposta a um contra-ataque será muito pior.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."