Objetivo é impedir a propagação da nova estirpe da covid-19 detetada no sul de Inglaterra. Proibição já foi anunciada por vários países europeus.
Israel proibiu hoje a entrada no país de cidadãos estrangeiros oriundos do Reino Unido, como forma de impedir da propagação da nova estirpe da covid-19 detetada no sul de Inglaterra, tal como já fizeram vários países europeus.
A medida, tomada pela Comissão de Coronavírus israelita, terá, de resto, pouco impacto, uma vez que está proibida a entrada de turistas no país desde praticamente o início da pandemia.
Segundo o diário israelita Haaretz, a medida, no entanto, afeta os britânicos ou outros cidadãos estrangeiros com autorização de residência que pretendem regressar a Israel após uma estada no Reino Unido, mas não os diplomatas.
Os israelitas que regressem do Reino Unido, depois de chegarem a Israel, deverão instalar-se em hotéis geridos pelo Estado, onde terão de permanecer duas semanas em quarentena, em vez de se isolarem nas suas próprias casas.
A medida estende-se também aos que cheguem a Israel procedentes da Dinamarca e África do Sul, onde também se detetaram mutações no vírus.
Israel, com uma população em torno dos nove milhões de habitantes, está a assistir a um aumento de casos de contágio desde novembro, tendo registado na última semana uma média de 3.000 infeções diárias, os números mais altos dos últimos meses.
Esta média supera a de 2.500 infeções diárias estabelecida pelo Governo como limite para impor mais restrições, tema que esteve na reunião de hoje da Comissão de Coronavírus israelita.
A nova estirpe de covid-19 detetada no sul de Inglaterra obrigou hoje a uma reunião 'online' entre a França, Alemanha e União Europeia (UE), sobretudo depois de vários países europeus terem suspendido os voos oriundos do Reino Unido.
Segundo um comunicado da Presidência francesa, a reunião contou com a participação do chefe de Estado da França, Emmanuel Macron, da chanceler da Alemanha, Angela Merkel e da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Os três líderes europeus analisaram a nova situação provocada pela nova variante do novo coronavírus detetada no sul de Inglaterra, depois de os Países Baixos, Bélgica e, mais tarde, Itália, teme anunciado a suspensão dos voos e transportes marítimos provenientes do Reino Unido.
A Alemanha, por seu lado, através de um comunicado divulgado a meio da manhã pelo Ministério da Saúde, indicou que estava a analisar "seriamente" a mesma intenção.
Tal como Portugal, em que uma fonte do Ministério dos negócios estrangeiros disse hoje à Lusa estar a aguardar por uma posição por parte da UE, a Espanha foi mais longe, e pediu a Bruxelas uma resposta comunitária coordenada para proibir o tráfego aéreo com o Reino Unido, evitando-se uma medida "unilateral".
As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.
O Reino Unido está na lista dos 10 países mais afetados pela pandemia, ao somar mais de dois milhões de casos de infeção e 67.075 mortes.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Israel proíbe entrada de estrangeiros vindos do Reino Unido
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