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Irão assegura que Trump pode travar a guerra com um telefonema

Lusa 16 de junho de 2025 às 20:16
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"Se [Donald] Trump for sincero em relação à diplomacia e quiser interromper esta guerra, os próximos passos são óbvios. Israel precisa de cessar a sua agressão. Se não houver uma cessação completa da agressão militar contra nós, as nossas respostas continuarão", avisou o chefe da diplomacia iraniana.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano defendeu esta segunda-feira que, se o Presidente dos Estados Unidos quiser, poderá travar a guerra entre o Irão e Israel "com um único telefonema".

AP

"Um único telefonema de Washington seria suficiente para amordaçar alguém como [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu e abrir caminho para o regresso da diplomacia", disse Abbas Araqchi numa mensagem divulgada na rede social X.

"Se [Donald] Trump for sincero em relação à diplomacia e quiser interromper esta guerra, os próximos passos são óbvios. Israel precisa de cessar a sua agressão. Se não houver uma cessação completa da agressão militar contra nós, as nossas respostas continuarão", avisou o chefe da diplomacia iraniana.

Araqchi acrescentou que o ataque israelita ao Irão e as mortes de "centenas de civis inocentes" são "um fracasso em frustrar um acordo entre o Irão e os Estados Unidos", que admitiu estar até agora "no bom caminho".

O ministro iraniano lembrou que "Netanyahu é um criminoso de guerra procurado" que "enganou um Presidente norte-americano após outro para travar guerras durante quase três décadas".

"Está a fazer com que mais um Presidente norte-americano e cada vez mais contribuintes norte-americanos pareçam completos idiotas", argumentou.

Araqchi insistiu que o seu país "não iniciou esta guerra e não quer perpetuar o derramamento de sangue", prometendo também lutar "orgulhosamente até à última gota de sangue" para proteger o território e o povo.

A mensagem é acompanhada por imagens de uma sessão com Netanyahu perante o Congresso dos EUA em 2002, na qual o primeiro-ministro israelita defendeu a necessidade de invadir o Iraque porque esse país pretendia adquirir a bomba atómica.

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