Apesar das preocupações relativas à utilização da IA, o ministro da Educação acredita que o sistema corria o risco de se tornar injusto uma vez que os setores privado e católico já permitem a utilização do ChatGPT.
Ferramentas de Inteligência Artificial (IA), como é o caso do ChatGPT, vão ser permitidas em todas as escolas australianas a partir de 2024. A medida foi apresentada pelo ministro da Educação que defende uma estrutura nacional que oriente as crianças para o uso das tecnologias.
REUTERS/Chris Wattie
Na passada segunda-feira, Jason Clare, ministro da Educação, esteve no programa de televisãoTodaye defendeu que o ChatGPT "não iria desaparecer" por isso a solução tem de ser "aprender como usá-lo".
"Escolas privadas já o estão a utilizar. As crianças em todo o país utilizam-no, até para fazer os trabalhos de casa… na realidade estamos a tentar recuperar o atraso", afirmou Jason Clare, que acredita que a ferramenta se vai tornar algo tão útil como uma "calculadora ou internet".
Desde que o ChatGPT foi lançado, no final do ano passado, que o Ministério da Educação australiano tem estudado a melhor forma de reagir à tecnologia. As discussões incluíram a possibilidade de adotar a ferramenta mas também a de proibir totalmente as tecnologias nas escolas e voltarem a fazer exames com papel.
No entanto, esta sexta-feira foi divulgado um comunicado assinado por todos os responsáveis pela educação nos estados australianos onde é avançado que todos os setores escolares iriam trabalhar com os seus próprios sistemas educativos de forma a conseguirem implementar ferramentas de IA a partir do primeiro semestre do próximo ano.
Esta é uma medida que requer um investimento de cerca de um milhão de dólares australianos - cerca de 600 mil euros -, para que a Education Services Australia, empresa de tecnologia educacional, possa estabelecer as "expectativas" para a utilização do ChatGPT.
Jason Clare admitiu que ainda existem algumas preocupações sobre a utilização da IA mas que o sistema corria o risco de se tornar injusto caso o setor de educação pública continuasse a impedir a utilização do ChatGPT enquanto os setores privado e católico o permitem.
Esta é uma decisão um pouco contraditória com as medidas adotadas recentementepor países que querem diminuir a utilização de tecnologias por parte dos alunos. A própria Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou este ano um relatório onde apela aos governos que regulem a utilização da tecnologia na educação para que estas não substituam o ensino presencial nem os professores.
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