Os ativistas em greve de fome há mais tempo são Amy Gardiner-Gibson, conhecida como Amu Gib, de 30 anos, e Qesser Zuhrah, de 20 anos, que cumprem 50 dias sem ingerir alimentos.
Quatro ativistas da organização Palestine Action mantêm uma greve de fome em prisões do Reino Unido, numa acção que já se tornou a mais prolongada nas cadeias britânicas desde a greve protagonizada por presos do IRA em 1981.
A greve foi iniciada em protesto contra restrições à correspondência, chamadas telefónicas e visitas. Os ativistas exigem o encerramento de empresas do sector militar com ligações a Israel, a reversão da ilegalização da Palestine Action e a concessão de liberdade sob fiança aos detidos.
Os ativistas em greve de fome há mais tempo são Amy Gardiner-Gibson, conhecida como Amu Gib, de 30 anos, e Qesser Zuhrah, de 20 anos, que cumprem 50 dias sem ingerir alimentos.
Gardiner-Gibson encontra-se numa cadeira de rodas e já não consegue andar. Recebeu a visita do antigo líder do partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, actualmente dirigente do partido de esquerda Your Party.”
Outro dos activistas, Kamran Ahmed, de 28 anos, está em greve de fome há 44 dias. Numa entrevista publicada hoje no The Daily Telegraph, afirmou que “vale a pena” morrer se isso contribuir para “reduzir a opressão no estrangeiro”.
“Tenho medo de morrer e sei que isto pode deixar sequelas para toda a vida, mas avalio os riscos e considero que vale a pena”, declarou Ahmed por telefone a partir da prisão de HMP Pentonville, onde se encontra detido há treze meses.
Ahmed foi preso por ter causado danos avaliados em um milhão de libras (cerca de 1,1 milhões de euros), juntamente com outros activistas, após a entrada ilegal num recinto de uma empresa contratada pelas Forças Armadas britânicas, na região de Bristol, antes da ilegalização da organização. Desde o início da greve perdeu 15 quilos, pesa agora 60 e sofre dores intensas no peito, além de tremores.
Heba Muraisi, de 31 anos, mantém também a greve de fome na prisão de HMP Newhall, onde completa 49 dias sem comer. Muraisi tem familiares no sul da Faixa de Gaza.
Teuta Hoxha abandonou a greve de fome após 40 dias, depois de ver as suas exigências atendidas na prisão de HMP Peterborough. Jon Cink e Umer Jalid terminaram igualmente o protesto após 38 e 12 dias, respectivamente. Todos enfrentam acusações de roubo, danos criminais e desordem violenta.
Os advogados dos activistas solicitaram uma reunião com o ministro da Justiça, David Lammy, alertando que as vidas dos grevistas correm perigo. O Governo recusou o encontro, afirmando que estão a ser cumpridos todos os protocolos legais.
A Palestine Action foi ilegalizada a 5 de julho. Em outubro, o Tribunal de Recurso do Reino Unido admitiu uma ação apresentada pela activista pró-palestiniana e cofundadora da organização, Huda Ammori, contra a decisão da então ministra do Interior, Yvette Cooper.
No final de julho, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, apelou ao Governo britânico para que revertesse a ilegalização, considerando tratar-se de um abuso de uma lei antiterrorista “já de si excessiva”, aprovada em 2000.
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.