É o primeiro país de maioria cristã ortodoxa que dá aos casais de pessoas do mesmo sexo o direito a casar e a adotar crianças.
A Grécia tornou-se esta quinta-feira o primeiro país de maioria cristã ortodoxa a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que significa uma vitória histórica para os defensores dos direitos LGBT. O novo projeto-lei, aprovado e aplaudido no parlamento grego com 176 votos a favor e 76 contra, permite também a adoção legal de crianças.
REUTERS/Louisa Gouliamaki
"Este é um momento histórico", contou Stella Belia, que dirige o grupo de apoio a famílias do mesmo sexo Rainbow Families, à agência de notícias Reuters. "Este é um dia de alegria."
Ainda assim, para tal a tarefa não foi nada fácil. No parlamento, a meio de um debate tenso, foi a esquerda que conseguiu obter o apoio suficiente para a aprovação do projeto-lei.
Do lado do partido de centro-direita Nova Democracia, do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, os deputados abstiveram-se e quem votou, contrapôs-se a esta medida. Já os representantes do Elliniki Lysi, um dos três partidos de extrema-direita com assento no parlamento grego, consideraram este projeto-lei "anticristão" e que fere os interesses nacionais.
Na Grécia, esta questão não divide apenas o parlamento. Sondagens mostram que a própria população também está dividida face a esta questão. "É um passo muito importante para os direitos humanos, um passo muito importante para a igualdade e um passo muito importante para a sociedade grega", disse à Reuters Nikos Nikolaidis, historiador de 40 anos, que já se havia juntado a uma manifestação a favor deste projeto-lei.
"Estou muito orgulhosa como cidadã grega porque a Grécia é agora na verdade um dos países mais progressistas", acrescentou Ermina Papadima, membro da Associação Grega de Apoio a Pessoas Transgénero. "Acho que a mentalidade vai mudar. Temos que esperar, mas acho que as leis vão ajudar nisso."
Há décadas que os ativistas faziam apelos a uma mudança. Em 2008, dois casais do mesmo sexo desafiaram a lei, até então em vigor, e casaram-se na pequena ilha de Tilos. Contudo, as uniões acabaram por ser anuladas por um tribunal superior.
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