Entre os documentos estarão queixas sobre o comportamento de Carlson enquanto foi apresentador na Fox News.
Tucker Carlson era uma das caras mais conhecidas da Fox News nos últimos anos, o que levou a que o seu despedimento da cadeia televisiva tenha surgido como uma surpresa ainda maior. Outra surpresa foi o silêncio que acompanhou a saída do apresentador da estação televisiva.
REUTERS/Lucas Jackson
"A FOX News Media e Tucker Carlson concordaram em separar-se. Agradecemos todo o trabalho feito por ele enquanto apresentador e, anteriormente, como colaborador do grupo", escreveu a empresa em comunicado. A revista Rolling Stonerevela agora que a direção da cadeia tem um dossier com informações alegadamente comprometedoras sobre Tucker Carlson que está reservada para fazer uma contra-ofensiva, caso o comentador tente um ataque ao canal.
Segundo apurou a publicação norte-americana, entre os documentos constam queixas por conduta imprópria no local de trabalho, comentários depreciativos sobre a administração e os colegas de trabalho, entre outros. Atualmente Carlson está a ser processado por uma produtora da Fox News que o acusou de criar um ambiente laboral hostil e misógino.
A Fox News anunciou esta segunda-feira o fim da ligação de Carlson com a empresa. "O último programa apresentado por Carlson foi na sexta-feira, 21 de abril", anunciou a estação televisiva norte-americana, sem justificar o porquê de pôr um fim à colaboração do famoso propagador de teorias da conspiração e defensor daalt-righttrumpista. Tucker Carlson apresentava o programa de maior audiência na Fox News.
A decisão foi comunicada uma semana após a cadeia de Rupert Murdoch ter acordado em pagar uma indemnização de 787 milhões de dólares à Dominion Voting Systems, empresa que desenvolve sistemas de voto eletrónico e que processou a estação televisiva por difamação. Durante meses, comentadores da Fox News defenderam que tinha havido fraude no voto eletrónico nas presidenciais de 2020 (vencidas por Joe Biden).
A Dominion Voting Systems, que vendesoftwarede votação eletrónica, processou a Fox News por difamação, argumentando que alguns dos apresentadores fizeram alegações falsas em como o software e hardware de votação eletrónica fizeram com que os resultados das eleições fossem fraudulentos. A Fox News respondeu afirmando que a Dominion estava a usar táticas de "desinformação" para difamar a cadeia e "atropelar o direito à liberdade de expressão e de imprensa". Rupert Murdoch, presidente da Fox Corporation, reconheceu que alguns dos apresentadores da Fox News "apoiaram" teorias infundadas acerca das eleições presidenciais, revelam ainda os documentos. "Alguns dos nossos comentadores apoiaram-nas [alegações falsas de que as presidenciais de 2020 foram roubadas a Trump]", admitiu Murdoch, sob juramento, quando questionado, no processo de difamação, se algum dos analistas da estação - Lou Dobbs, Maria Bartiromo, Jeanine Pirro e Sean Hannity - defenderam a alegação falsa de que a vitória eleitoral não era de Biden.
Carlson chegou a dizer que "odiava ardentemente" o antigo presidente norte-americano Donald Trump, ao mesmo tempo que o defendia na televisão e dias antes do ataque ao Capitólio. Tucker Carlson escreveu uma mensagem enviada a 4 de janeiro (dois dias antes da invasão do Capitólio) em que afirmou: "Estamos mesmo, mesmo perto de conseguir ignorar o Trump na maioria das noites. Mal posso esperar". Na mensagem enviada a um trabalhador da estação televisiva podia ainda ler-se: "Eu odeio-o ardentemente... Ele é bom é a destruir coisas. É o campeão mundial nisso. Ele pode destruir-nos facilmente se não tratarmos disto bem".
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