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Jack Teixeira em tribunal. Em 2022 queria "abater os fracos de espírito"

Procuradores sustentam que o lusodescendente de 21 anos publicou documentos confidenciais, incluindo alguns sobre os movimentos das tropas na Ucrânia, num grupo que liderava no Discord.

Jack Douglas Teixeira, militar da Guarda Aérea nacional dos Estados Unidos, foi preso no dia 13 de abril depois de ter sido acusado de publicar documentos confidenciais e violar a Lei de Espionagem. Esta quinta-feira, vai ser presente a tribunal e os procuradores federais devem pedir que permaneça sob custódia por representar um risco à segurança nacional.

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Os procuradores acreditam que o lusodescendente de 21 anos publicou documentos confidenciais, incluindo alguns sobre os movimentos das tropas na Ucrânia, num grupo que liderava no Discord.

Jack Teixeira morava em Massachusetts com a sua mãe e o padrasto e mantinha um armário cheio de armas a meio metro da sua cama. Os agentes do FBI também encontraram uma máscara de gás, munições e um silenciador.

"O réu, sem dúvida, representa um perigo para os EUA em geral com base na sua capacidade de causar perigo excecionalmente grave à segurança nacional dos EUA. Há também evidências que suguerem que o réu também pode representar um perigo físico para a comunidade", refere a procuradora Rachael Rollin na moção apresentada por escrito.

Em 2018, enquanto se encontrava no ensino secundário, Jack Teixeira foi suspenso por ter feito ameaças racistas e comentários sobre a utilização de armas. Já em novembro de 2022 o jovem terá admitido que, se pudesse, "mataria uma tonelada de pessoas" para "abater os fracos de espírito", garantem os procuradores.

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