A União Europeia e o Reino Unido juntam-se aos EUA e pedem "contenção" ao governo de Benjamin Netanyahu. Gabinete de guerra israelita volta a reuni-se esta segunda-feira para decidir reação ao ataque iraniano do fim de semana.
Os aliados europeus apelaram, esta segunda-feira, aos líderes israelitas que mostrem contenção perante o ataque do fim de semana do Irão e se afastem "da beira do precipício" da escalada no Médio Oriente. Isto em antecipação de uma nova reunião do gabinete de guerra do governo de Benjamin Netanyahu, marcada para esta tarde.
EPA/ATEF SAFADI
Na reunião de ontem, domingo, o gabinete de guerra foi favorável a uma retaliação perante o ataque iraniano que incluiu mais de 300 drones suicidas e mísseis balísticos e de cruzeiro. Porém, os membros deste gabinete estavam divididos quanto ao tempo e dimensão de tal resposta.
Perante a iminência de uma guerra aberta entre Israel e o Irão, ao mesmo tempo que sobe a contestação à ofensiva israelita em Gaza, o presidente dos EUA, Joe Biden, informou Netanyahu que, caso decida responder a Teerão, não contará com o seu apoio.
O Reino Unido, França, Alemanha e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, juntam-se agora a Washington e ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, num apelo à contenção. "Estamos à beira do precipício e temos de nos afastar dele", defendeu Borrell à rádio espanhola Onda Cero. "Temos de carregar no travão e inverter a marcha."
Também o presidente francês, Emmanuel Macron, apelou a Israel para apostar no isolamento do Irão em vez de uma escalada da situação. Enquanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, avisou Teerão para não levar a cabo mais ataques, defendendo que também Telavive deve contribuir para a desescalada.
A Rússia evitou criticar o seu aliado Irão, mas afirmou estar preocupado com o risco de aumento das tensões. "Uma escalada não é do interesse de ninguém", apontou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, esta segunda-feira.
O Irão defende que o ataque que lançou contra Israel foi abrangido pelo direito à autodefesa, na sequência de um bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, em 1 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios, e que Teerão atribuiu a Telavive, que nunca negou ou confirmou a sua autoria.
Os drones e mísseis enviados pelo Irão contra Israel acabaram abatidos na quase totalidade. Tendo-se registado dois feridos graves - uma menina de 7 anos e um menino de 10 - e vários feridos ligeiros.
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