António Guterres pediu "o fim imediato das hostilidades" antes de uma "escalada devastadora". Enquanto a Arábia Saudita manifestou "profunda preocupação" e pediu à ONU para manter a paz na região.
Após o anúncio por parte do Irão de que tinha lançado um ataque contra Israel, vários líderes mundiais condenaram o ato e pediram contenção para evitar um alastrar do conflito. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, foi uma dessas vozes que pediu "o fim imediato das hostilidades" antes de uma "escalada devastadora".
EPA/ATEF SAFADI
Num comunicado divulgado ainda na madrugada de domingo, António Guterres considerou que "o ataque de larga escala lançado contra Israel pela República Islâmica do Irão" é "uma escalada séria". "Estou profundamente alarmado com o perigo muito real de haver uma escalada regional devastadora. Peço a todas as partes envolvidas que apliquem máxima contenção para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontações militares em várias frentes" no Médio Oriente, afirmou.
O responsável da ONU reiterou que "nem a região nem o mundo aguentam outra guerra".
A Arábia Saudita também manifestou "profunda preocupação" com o ataque sem precedentes do Irão contra Israel, pedindo "máxima moderação" para evitar um alargamento da guerra à região. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita lamentou "a evolução da escalada militar na região e a gravidade das suas repercussões" e exigiu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que "assuma a sua responsabilidade na manutenção da paz e segurança internacionais".
A China expressou "profunda preocupação" com o agravamento da situação no Médio Oriente e pediu "calma e contenção". Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou preocupação "com a atual escalada da situação" na região e apelou a "todas as partes para que exerçam a calma e a contenção".
Também o primeiro-ministro português apelou à contenção nas hostilidades para "evitar uma escalada de violência". Numa mensagem divulgada no seu perfil na rede social X, Luís Montenegro afirmou que "o Governo português condena veementemente o ataque do Irão a Israel".
"Máxima contenção" foi também a mensagem que veio do Brasil que instou a comunidade internacional a mobilizar esforços para "evitar uma escalada". Ainda assim, no comunicado, o Brasil não usa palavras de condenação ao ataque iraniano, em contraste com a condenação, na semana passada, do ataque israelita ao consulado iraniano em Damasco, nota a agência de notícias espanhola Efe.
O Irão lançou no sábado à noite um ataque com ‘drones’ contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.
Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.
Conducted on the strength of Article 51 of the UN Charter pertaining to legitimate defense, Iran’s military action was in response to the Zionist regime’s aggression against our diplomatic premises in Damascus. The matter can be deemed concluded. However, should the Israeli…
— Permanent Mission of I.R.Iran to UN, NY (@Iran_UN) April 13, 2024
As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
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