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EUA afirmam que China pondera envio de armas para Moscovo

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 26 de fevereiro de 2023 às 17:58
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Durante a última semana os Estados Unidos têm acusado a China de estar a considerar fornecer armas à Rússia para apoiar a ofensiva na Ucrânia mas Pequim tem negado as acusações.

O diretor da CIA afirmou este domingo que está convencido de que a China poderá fornecer à Rússia armas para que sejam utilizadas no ataque à Ucrânia. No entanto William Burns, não detém informações de que alguma decisão já tenha sido tomada ou que as armas já tenham sido entregues.

Reuters

Numa entrevista à CBS William Burns afirmou: "Estamos convencidos de que a liderança chinesa está a considerar fornecer material letal" à Rússia.

Durante a última semana os Estados Unidos têm acusado a China de estar a considerar fornecer armas à Rússia para apoiar a ofensiva na Ucrânia mas Pequim tem negado as acusações.

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional garantiu este domingo à CNN que os Estados Unidos vão permanecer vigilantes e reforçou que o envio de armas por parte de Pequim terá consequências e "custos reais".

Na passada sexta-feira a China apelou a um cessar-fogo e defendeu que o diálogo é a única forma de alcançar uma solução viável para o conflito, numa proposta com 12 pontos.

Este plano, divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, pede o fim das sanções ocidentais à Rússia, medidas que garantam a segurança das centrais nucleares, a criação de corredores humanitários para a retirada de civis e o garante da exportação dos cereais.

O plano foi desvalorizado pela generalidade dos países ocidentais no entanto Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, admitiu encontrar-se com o seu homólogo chinês, Xi Jinping referindo já que a China "respeita a integridade territorial" e deve fazer os "possíveis para a retirada da Rússia".

Durante o passado ano de guerra, a China evitou condenar a Rússia pela sua invasão à Ucrânia enquanto acusou a NATO de fomentar este conflito por "não terem em consideração as legítimas preocupações de segurança" de Moscovo.

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