O presidente chinês prometeu enviar altos representantes à Ucrânia, para que sejam mantidas conversações com todas as partes que pretendem alcançar a paz.
Xi Jinping e Volodymyr Zelensky tiveram uma conversa telefónica esta quarta-feira. Este foi o primeiro contacto direto entre os presidentes chinês e ucraniano desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022.
REUTERS/Tingshu Wang
Do lado chinês foi prometido o envio de altos representantes à Ucrânia, para que sejam mantidas conversações com todas as partes que pretendem alcançar a paz. Xi Jinping é o mais poderoso e influente líder dos que se recusaram a condenar a invasão russa, apesar de também não a defender publicamente.
Em fevereiro, o presidente chinês chegou a apresentar um plano de 12 pontos para a paz na Ucrânia, que foi recebido com ceticismo por parte do bloco ocidental. A China pretende agora concentrar-se em promover as negociações de paz e vai fazer esforços para que o cessar-fogo ocorra o mais rápido possível, garantiu Xi Jinping em declarações aos meios de comunicação estatais.
"Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e um grande país responsável, não ficaremos de braços cruzados, nem lançaremos achas para a fogueira, muito menos tentaremos lucrar com isto", disse o líder chinês, que realizou uma visita de estado à Rússia no mês passado.
O presidente ucraniano também assinalou a chamada. Na sua conta de Twitter considerou que a conversa, "assim como a nomeação de um embaixador da Ucrânia na China" são um importante "impulso ao desenvolvimento das relações bilaterais".
I had a long and meaningful phone call with President Xi Jinping. I believe that this call, as well as the appointment of Ukraine's ambassador to China, will give a powerful impetus to the development of our bilateral relations.
A guerra na Ucrânia já dura há 14 meses e está a ultrapassar um momento especialmente crítico, uma vez que os analistas internacionais têm afirmado que Kiev se encontra a preparar o lançamento de uma contra ofensiva nas próximas semanas ou meses após um inverno que, apesar de não ter tido grandes implicações a nível de avanços territoriais, registou os combates mais sangrentos até ao momento.
A influência e a proximidade da China com a Rússia tem levado ao aumento da pressão sobre o gigante asiático. As autoridades ucranianas há muito que pedem que Pequim utilize a sua influência para ser um ator no caminho para o fim da guerra. Zelensky já tinha convidado Xi Jinping para se encontrar com ele na Ucrânia, o que parece que não vai ocorrer.
A China tem-se revelado o grande comprador do petróleo russo, que deixou de ser vendido para a Europa, e desde o início da guerra que critica as sanções ocidentais contra Moscovo. Ainda assim recusou-se a apoiar abertamente a operação militar russa.
Os Estados Unidos já partilharam as suas preocupações com o fato de a China poder estar a fornecer armas ou munições à Rússia, mas ambos os países negam.
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