O sucesso viral da série "Adolescência", na Netflix, está a ter tanto impacto que o governo britânico quer combater a masculinidade tóxica através do ensino.
As escolas do Reino Unido vão começar a ter aulas antimisoginia para rapazes, numa iniciativa mais ampla do Governo para combater a masculinidade tóxica, após o sucesso viral da série dramáticaAdolescência, da Netflix, centrada num miúdo de 13 anos, que é preso pelo homicídio de uma colega de escola, e naascensão da cultura incel– que significa "celibatários involuntários" e refere-se a pessoas incapazes de ter um relacionamento ou uma vida sexual, embora o desejem.
As aulas farão parte das novas orientações do plano de Relacionamentos, Saúde e Educação Sexual (RHSE) e terão início antes do final do ano letivo. Esta mudança decorre do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ter apoiado publicamente os apelos para que a minissérie de quatro episódios fosse exibida nas escolas e no parlamento, de modo a estimular a discussão sobre misoginia, influência das redes sociais e violência de género. Starmer revelou que assistiu à série com os filhos adolescentes e ficou impressionado com o impacto. "Precisamos de falar sobre isso como famílias, nas escolas e no parlamento", disse.
Ainda em fase de projeto, as aulas vão incluir conteúdos para "apoiar relacionamentos saudáveis", para "permitir que as escolas enfrentem comportamentos prejudiciais e garantam que a misoginia seja erradicada, impedindo que prolifere", disse uma fonte aoThe Times. As crianças serão incentivadas a "expressar e a entender limites, a lidar com deceções e a dar atenção às necessidades e preferências próprias e dos outros", com conteúdo modificado para crianças mais velhas, de modo a refletirem sobre as "complexidades da vida real, dos relacionamentos românticos e sexuais", acrescentou a mesma fonte. Esta consciencialização é uma vitória para os autores da série da Netflix, Jack Thorne e o ator Stephen Graham - que interpreta o pai do adolescente - que queriam queAdolescência"causasse discussão e promovesse mudanças".
O drama – que acompanha a família Miller, cujas vidas são destruídas quando o filho, Jamie, é preso – foi lançado a 13 de março e tem sido o mais visto na Netflix, em todo o mundo, nas últimas semanas, atraindo o público com o seu retrato preocupante de como as redes sociais e influenciadores misóginos podem impactar as crianças. Adolescência desenrola-se numa narrativa densa e visualmente perturbadora e coloca o estreante ator britânico Owen Cooper, de 15 anos, no centro da ação, cuja interpretação foi determinante para o sucesso da obra. Stephen Graham afirmou que acredita que Owen poderá ser "o próximo Robert de Niro". O lendário ator de Táxi Driver já elogiou publicamente o talento do protagonista de Adolescência: "Acho que ele está a começar bem, isso é o mais importante. Apenas continue, porque já está lá!".
No Estado do Minnesota, nos EUA, na última semana, mais um ataque civil a civis — desta vez à escola católica Annunciation, em Minneapolis, durante a missa da manhã, no dia de regresso às aulas.
O famoso caso do “cartel da banca” morreu, como esperado, com a prescrição. Foi uma vitória tremenda da mais cara litigância de desgaste. A perda é coletiva.
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As palavras de Trump, levadas até às últimas consequências, apontam para outro destino - a tirania. Os europeus conhecem bem esse destino porque aprenderam com a sua miserável história.
