O Templo Toshodaiji, Património da UNESCO, foi alvo de vandalismo. Em menos de um mês, este já é o terceiro caso de que se tem conhecimento. Os outros dois ocorreram no Coliseu de Roma.
Um jovem canadiano de 17 anos admitiu ter gravado o seu nome num templo budista do século VIII, em Nara, no Japão, segundo informações avançadas pelas autoridades.
Ao que foi possível apurar, o adolescente terá escrito com a unha a letra "J" e o nome "Julian", num pilar de madeira do Templo Toshodaiji, considerado Património Mundial da UNESCO. O incidente ocorreu no início deste mês, a 7 de julho.
O turista, que se encontrava no Salão Dourado, considerado a "maior estrutura", já foi entretanto submetido a um interrogatório por suspeita de violação da Lei de Proteção de Bens Culturais.
À agência noticiosa japonesa Kyodo, um monge disse que o acontecimento "não deixa de ser lamentável e triste", ainda que o turista tenha confessado que não tinha a intenção de prejudicar a cultura japonesa, segundo o que a polícia do Japão relatou à CNN.
"Desonrar um templo, ou um santuário importante, é um nível totalmente diferente de desrespeito", disse Catherine Heald, diretora executiva do Remote Lands, uma empresa turística de luxo, ao Washington Post. "É como escrever graffiti desagradáveis numa igreja".
De acordo com Catherine Woolfitt e Jamie Fairchild, da Historic England, um "organismo público que ajuda as pessoas a cuidar do ambiente histórico de Inglaterra", a remoção de graffiti em estruturas antigas pode ser um desafio complexo.
"A limpeza inadequada, realizada por empreiteiros inexperientes, pode causar danos significativos nas superfícies dos edifícios e pode resultar em desfiguração visual, incluindo manchas e marcas", escreveram.
De acordo com a lei que se encontra em vigor no Japão, qualquer pessoa que provoque danos a um objeto de "propriedade cultural importante" pode enfrentar uma pena de prisão até cinco anos, e uma multa de milhares de euros.
Com receio que este fenómeno se volte a repetir, as autoridades colocaram, no dia seguinte, um sinal à entrada do templo, onde se lia: "Por favor, não danifique o salão. Será punido por violar a Lei de Proteção de Bens Culturais". Esta informação foi avançada pelo Washington Post.
Este tipo de vandalismo ocorreu poucas semanas depois do Coliseu de Roma ter passado por um acontecimento semelhante, onde um jovem italiano esculpiu "Ivan+Hayley 23/6/23", nas paredes do antigo anfiteatro. Este turista enfrenta agora uma multa de até 16.300 dólares (14.535 euros) e cinco anos de prisão. Segundo a BBC, o jovem terá escrito uma carta à Câmara Municipal de Roma, onde afirmou que não tinha conhecimento da idade da estrutura em questão. "Admito com profundo embaraço que só depois do que aconteceu é que fiquei a saber da antiguidade do monumento", escreveu.
Também na passada segunda-feira, 17 de julho, uma jovem de 17 anos gravou a letra "N", numa parede do Coliseu.
Neste momento, ambos os turistas estão a ser investigados pela polícia italiana.
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