Sábado – Pense por si

Chefe da máfia calabresa detido em hospital de Lisboa

Diogo Barreto
Diogo Barreto 29 de março de 2021 às 22:45
As mais lidas

Francesco Pelle estava desaparecido desde 2019 e foi encontrado num hospital em Lisboa, onde estava a ser tratado para a covid-19. Está condenado a prisão perpétua em Itália.

O mafioso condenado a prisão perpétua Francesco Pelle foi detido esta segunda-feira em Lisboa onde estava internado devido à covid-19. Pelle está entre os fugitivos à justiça italiana mais procurados e é um dos dirigentes da Nadrangheta, a máfia da região da Calábria.

A notícia está a ser avançada por vários meios de comunicação social italianos, mas sem pormenores relativos à detenção. 

Pelle estava desaparecido desde 2019, quando se evadiu de Milão. Pouco tempo depois da fuga, o Supremo Tribunal de Roma condenou-o a prisão perpétua.

De acordo com o Il Fatto Quotidiano, Pelle foi condenado por ter sido o protagonista e principal instigador num confronto entre duas famílias mafiosas. O jornal italiano refere que se trata de um caso de vingança familiar que decorre na aldeia de San Luca. Pelle esteve envolvido no que ficou conhecido como "o massacre de Natal", de 2006, em que as duas famílias se envolveram num tiroteio à saída da Missa do Galo. 

O tiroteio que acabou por matar a mulher de um chefe da máfia terá sido uma retaliação contra um ataque ocorrido no verão de 2006, quando Pelle foi ferido nas costas e ficou paraplégico. 

A segunda matança ficou conhecida como massacre de Duisburgo, na Alemanha, em que morreram vários membros de clãs, além de clientes. 

O mafioso foi detido em 2008 numa clínica pública na cidade de Pavia, no norte italiano, mas em 2017 voltou à liberade por ter atingido o prazo de prisão preventiva e ficou sujeito a um termo de residência, enquanto esperava a sentença definitiva. No entanto, quando o juiz finalmente decretou a pena de prisão perpétua para Pelle, o homem já tinha fugido. Estava afinal em Portugal.

Artigos Relacionados

Calado é Camões

O senhor Dr. Durão Barroso teve, enquanto primeiro-ministro, a oportunidade, de pôr as mãos na massa da desgraça nacional e transformá-la em ouro. Tantas capacidades, e afinal, nestum sem figos.