A petição surge numa altura em que cada vez mais agências de notícias têm avançado que os seus jornalistas estão a morrer de fome no enclave palestiniano.
Quase mil jornalistas e outros profissionais de meios de comunicação de todas as partes do mundo já assinaram uma petição pelo fim do “apagão de informações” em Gaza, onde Israel proíbe a entrada de jornalistas internacionais.
Jornalistas pedem fim do "apagão de informações" em GazaAP PhotoJehad Alshrafi)
Entre os signatários estão nomes conhecidos a nível internacional como Christiane Amanpour e Anderson Cooper da CNN, Alex Crawford da Sky News, mas também nomes nacionais como Cândida Pinto, RTP, Alfredo Leite, NOW e CMTV e Sérgio Furtado.
A petição alerta que “quase 200 jornalistas, na sua maioria palestinianos, foram mortos enquanto reportavam de Gaza”. Ao mesmo tempo que “jornalistas estrangeiros continuam impedidos de entrar no território, bloqueados por restrições impostas por Israel que silenciam a observação independente”, defendem os signatários.
“Este não é apenas um apagão humanitário, é um apagão de informação que mina o direito do público de saber e a função democrática dos jornalistas de responsabilizar o poder”, continuam.
A petição é ainda acompanhada por uma carta aberta onde é declarado: “Se as partes beligerantes ignorarem o nosso apelo, os jornalistas abaixo assinados afirmam o seu apoio aos colegas profissionais da comunicação social que, por quaisquer meios legítimos, de forma independente, coletiva ou em coordenação com atores humanitários ou da sociedade civil, optem por entrar em Gaza sem o consentimento das partes envolvidas”.
Esta nova tentativa de aceder ao território palestinianos é liderada por André Liohn, fotojornalista brasileiro que já foi indicado para o Prémio Pulitzer e recebeu a Medalha de Ouro Rovert Cappa pelo seu trabalho na guerra na Líbia em 2011.
Numa entrevista ao Press Gazette referiu: “Estamos apenas a exigir o nosso direito de fazer o trabalho que somos chamados a fazer (...) os médicos estão a reivindicar o direito de serem médicos, enfermeiros, enfermeiros, professores o direito de ser professores. Isto não é ativismo”.
O fotojornalista alertou também ter o conhecimento de que “grandes organizações de notícias decidiram não permitir que os seus jornalistas assinem”.
Esta petição surge depois de um conjunto de 16 organizações pela liberdade de imprensa, incluindo o Comité para a Proteção dos Jornalistas e o Repórter Sem Fronteiras, assinarem uma carta conjunta alertando para que os jornalistas estão a morrer à fome em Gaza. “Uma em cada três pessoas em Gaza passa dias sem comida. Entre os famintos estão jornalistas, as últimas vozes independentes que ainda reportam de dentro de Gaza. São esses indivíduos cuja coragem mantém o mundo informado sobre o enorme impacto humanitário da guerra de Israel em Gaza. Agora, eles estão a ser forçados a morrer de fome”, afirmava a carta que defende que “o sofrimento dos jornalistas não é um acidente”, mas sim uma tática.
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