Antigo bombeiro foi detido pela ligação ao crime. Ministro da Justiça acredita que podem ocorrer novas operações policiais.
A polícia brasileira deteve esta segunda-feira outro suspeito do homicídio de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro que foi assassinada em 2018 ao lado do seu motorista. A detenção do suspeito deveu-se à confissão de um outro, que já se encontra preso.
REUTERS/Amanda Perobelli
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, referiu o ministro da Justiça Flávio Dino, durante uma conferência de imprensa em Brasília.
O homem detido é Maxwell Simões Correia, um antigo bombeiro que terá escondido as armas usadas pelos suspeitos que estão a ser julgados pelo tiroteio.
Dois antigos agentes da polícia militar, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram acusados em março de 2019 de alvejar Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes. Encontram-se ambos na prisão federal.
Segundo o ministro da Justiça, o agora delator Élcio de Queiroz fez um acordo com a polícia e confessou que Lessa estava envolvido no crime, descrevendo-se a si próprio como cúmplice. O delator vai ser transferido do estabelecimento prisional e a sua família será protegida, de acordo com o site G1.
Élcio de Queiroz adiantou ainda que o sargento da Polícia Militar Edimilson Oliveira da Silva, que morreu em 2021, intermediou a ordem para matar a vereadora.
"Estamos perto de resolver este crime horrendo", considerou Flávio Dino, dizendo que a informação prestada por Elcio de Queiroz vai ajudar a identificar outros envolvidos no crime. Podem ocorrer mais operações nas próximas semanas.
Marielle Franco tinha 38 anos e era negra, gay e progressista. Pertencia ao partido PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e nasceu num bairro pobre do Rio de Janeiro. Os investigadores acreditam que a sua morte foi um homicídio político, porque Marielle chamava a atenção para as mortes provocadas pela polícia em zonas mais pobres. A sua morte desencadeou protestos em todo o Brasil.
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