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Fernando Villavicencio era uma voz contra a corrupção e a evasão fiscal. Um homem suspeito do ataque morreu na sequência dos ferimentos que sofreu no tiroteio e seis foram detidos mais tarde. Grupo de narcotraficantes reivindicou o assassinato.
O candidato presidencial do Equador Fernando Villavicencio foi morto a tiro à saída de um comício na quarta-feira à noite. As autoridades locais falam de mais de 30 tiros disparados no evento que aconteceu a norte da capital, Quito.
REUTERS/Karen Toro
Villavicencio era uma voz crítica contra a corrupção e o crime organizado, numa altura em que a violência tem aumentado no país andino, devido às disputas dos traficantes de droga.
Vídeos partilhados nas redes sociais mostram Villavicencio a entrar no carro depois do comício e logo de seguida ouve-se um tiro e um grito. Também nas redes sociais um grupo de narcotraficantes declarou ser o responsável pela morte do político e anunciou que o candidato presidencial Jan Topic será o próximo.
My thoughts and prayers are with Ecuador .... Fernando Villavicencio was assassinated today and the last hope to fight off the Socialst scum that Corra has brought on that country... Villavicencio had plans to take the same approach to crime as President Nayib Bukele of El… pic.twitter.com/ht7L6HJcSf
A polícia e o Ministério do Interior não responderam de imediato aos pedidos de comentário sobre a morte do candidato. Mas o presidente, que está de saída, Guillermo Lasso, confirmou que a polícia tinha detonado em segurança uma granada deixada para trás pelos assassinos.
"Este é um crime político, que tem o carácter do terrorrismo, e não temos dúvidas que este assassinato é uma tentativa de sabotar o processo eleitoral", afirmou Lasso num vídeo, divulgado já depois da meia-noite (hora local), após uma reunião com a segurança e oficiais eleitorais.
O ainda presidente declarou o estado de emergêncianacional e três dias de luto. Adiantou ainda que os militares foram mobilizados para garantir a segurança do país e que as eleições se mantém na data prevista - 20 de agosto.
O procurador-geral informou também que um suspeito morreu mais tarde na sequência dos ferimentos que sofreu durante o tiroteio que se aconteceu na cena do crime. A troca de tiros após o comício provocou ainda nove ferido, incluindo um candidato a deputado e dois agentes da polícia.
Foram ainda detidos seis suspeitos de estarem ligados ao assassinato, na sequência de buscas levadas a cabo em Quito.
Aumento da violência
O governo de Lasso tem sido culpado pelo aumento da violência nas ruas e prisões do Equador. Na base desta violência estarão disputas pelo controlo das rotas de tráfico usadas pelos cartéis mexicanos, a máfia albanesa e outros grupos.
Estas eleições tinham, por isso, no centro as questões da segurança, mas também do emprego e migração.
Villavicencio prometia combater a corrupção e reduzir a evasão fiscal, se fosse eleito. As sondagens colocavam-no em quinto entre os oito candidatos, dando-lhe uma percentagem de 7,5%.
O partido de Villavicencio, Movimiento Construye, já tinha anunciado no Twitter que homens armados tinham vandalizado os seus escritórios na capital, num incidente separado e o partido também reconheceu ter ponderado, recentemente, suspender a campanha devido à violência, incluindo o assassinato do presidente da câmara de Manta, em julho.
Porém, Villavicencio opôs-se a essa suspensão defendendo que "manter o silêncio e esconder-se nos momentos em que os criminosos assassinam cidadãos e autoridades é um ato de cobardia".
Fernando Villavicencio era um antigo jornalista e sindicalista, natural da província de Chimborazo. Trabalhou na empresa estatal de petróleo, a Petroecuador, onde foi sindicalista e mais tarde tornou-se jornalista e denunciou alegadas perdas de milhões em contratos de petróleo. Na terça-feira tinha entregado ao gabinete do procurador-geral uma denúncia sobre negócios de petróleo, mas não são conhecidos mais detalhes.
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