Centenas de pessoas esperavam o ex-presidente no aeroporto de Brasília.
Jair Bolsonaro voltou esta quinta-feira ao Brasil depois de três meses nos Estados Unidos e foi recebido no aeroporto de Brasília por centenas de apoiantes.
Natanael Alves/Partido Liberal/Handout via REUTERS
O ex-presidente de extrema-direita, que não esteve no Brasil para a tomada de posse do seu sucessor Lula da Silva, foi diretamente do aeroporto para reuniões agendadas com o seu partido político.
O governo de Lula da Silva já reagiu à chegada de Bolsonaro considerando que a receção a que teve direito foi um "fracasso" e um exemplo da sua fraca liderança, uma vez que a polícia se tinha preparado para que muitos mais apoiantes estivessem à espera do liberal e estava preparada para possíveis manifestações.
Bolsonaro is back in Brazil! The installed Lula administration tried to blockade the people from seeing and showing support for their truly elected President- not happening! pic.twitter.com/P71SyBmVFy
As centenas presentes vestiam roupas verdes e amarelas, cores da bandeira do Brasil e que se tornou no símbolo de apoio do ex-presidente, e tinham muitas bandeiras do país. Na zona de desembarque do aeroporto ouviram-se gritos como "Lula, ladrão, o seu lugar é na prisão", "lenda, lenda" ou "Bolsonaro voltou" e o hino nacional.
Bolsonaro is back in Brazil! The installed Lula administration tried to blockade the people from seeing and showing support for their truly elected President- not happening! pic.twitter.com/P71SyBmVFy
Já na sede do Partido Liberal, o ex-presidente fez umaliveonde afirmou que os conservadores controlam o Congresso e que o governo minoritário de Lula não vai ser capaz de "fazer o que quer com o futuro do país". O Folha de São Pauloteve acesso às conversas que ocorreram em Brasília e afirma que o ex-presidente defendeu que o Partido dos Trabalhadores vai estar "por pouco tempo no poder".
Bolsonaro perdeu as eleições no Brasil para o petista Lula da Silva a 30 de outubro de 2022 mas ainda não admitiu formalmente a sua derrota. Jair Bolsonaro foi para os Estados Unidos dois dias antes da tomada de possa de Lula, a 1 de janeiro de 2023. Na altura afirmou que precisava de descansar mas os membros da oposição acreditam que ele pretendia era evitar o risco de ser investigado no Brasil.
Estas investigações legais centram-se em alegados ataques contra o sistema de votação do Brasil e o seu alegado papel nas manifestações de 8 de janeiro, onde os apoiantes de Bolsonaro invadiram prédios do governo à semelhança do ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 2021.
No início deste mês Bolsonaro participou na Conferência de Ação Política Conservadora em Washington, onde questionou o resultado da eleição vencida por Lula e garantiu que a sua missão no Brasil "ainda não acabou".
O futuro
No próximo ano o Brasil vai ter eleições autárquicas e o atual líder do partido Liberal já demonstrou a sua vontade de que seja Bolsonaro a liderar o partido nestas eleições.
Valdemar Costa Neto defendeu que Bolsonaro estava a perder capital político ao permanecer nos Estados Unidos e estima que, com o seu apoio, o partido triplique o número de autarquias. ÀReutersreferiu: "Bolsonaro vai liderar a oposição e viajar pelo Brasil pregando os valores do partido e ajudando o Partido Liberal a crescer".
No entanto antes de entrar no voo que o levou esta quinta-feira de volta ao Brasil, Bolsonaro deu uma entrevista à CNN Brasil onde garantiu que não vai liderar "nenhuma oposição" mas sim: "Participar com o meu partido, como uma pessoa experiente, com 28 anos de Câmara, quatro de presidente, dois de vereador e 15 de Exército, para colaborar com o que eles desejarem, como podemos apresentar-nos para manter o que tiver de ser mantido e mudar o que tiver de ser mudado".
Na mesma entrevista o ex-presidente avançou ainda que não pretende "participar em muita coisa" mas sim ser "conselheiro daqueles que assim o desejarem".
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.