Dmitry Zakhvatov, advogado familiarizado com o caso, referiu à Reuters que Alexei Moskalev foi provavelmente localizado através do seu telemóvel, referindo que "alguém cometeu um erro" porque o fugitivo "provavelmente utilizou o telemóvel de uma forma inadequada".
A jornalista Marina Ovsyannikova, conhecida pelos seus protestos contra a invasão à Ucrânia, também confirmou esta versão: "Alexei Moskalev foi avisado com antecedência para desligar o seu telemóvel e retirar o seu cartão SIM antes de fugir. No entanto, em Minsk, Alexei decidiu ligá-lo por algum motivo", estas declarações foram publicadas nas redes sociais da jornalista, que de seguida as apagou.
As autoridades bielorrussas já confirmaram que Alexei Moskalev foi detido a pedido das autoridades russas mas ainda não está claro como é que o condenado conseguiu chegar até ao país vizinho, apesar desta ser uma fronteira comum para aqueles que tentar fugir da Rússia sem encontrarem as autoridades.
O caso começou em abril do ano passado quando Masha Moskalev, com doze anos, desenhou uma bandeira ucraniana onde escreveu as palavras "Glória à Ucrânia" e uma bandeira russa onde escreveu "Não à guerra!".
A escola denunciou o desenho às autoridades locais, que aumentaram a vigilância sobre a família e Alexei Moskalev acabou por ser multado por uma publicação anti-guerra nas redes sociais. Em dezembro o apartamento da família foi revistado e Alexei Moskalev acabou por ser acusado uma vez que já tinha sido condenado a uma multa por um delito semelhante, no qual desacreditou o exército.
Nesse momento, as autoridades retiraram ao acusado a guarda de Masha e colocaram-na numa instituição, a criança não tem contacto com o pai nem foi vista por ninguém desde dia 1 de março.
Na terça-feira, Alexei Moskalev acabou por ser condenado a dois anos de prisão e, no mesmo dia, foi publicada a informação de que estava desaparecido.
Em 2022, a mulher de Alexei Moskalev, que também estava em prisão domiciliária, conseguiu fugir e deixar a Rússia em segurança.
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