A embaixadora norte-americana Linda Thomas-Greenfield garantiu que o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia irá continuar "durante o tempo que for necessário".
Este sábado, 24 de fevereiro, assinalam-se dois anos desde o início da invasão russa na Ucrânia. Nesse sentido, a embaixadora Linda Thomas-Greenfield, representante dos EUA junto da Organização das Nações Unidas (ONU) fez um balanço sobre os desenvolvimentos mais recentes da ofensiva e sobre a política norte-americana.
REUTERS/David Dee Delgado
Numa conferência de imprensa online, realizada esta quinta-feira, 22 de fevereiro, a embaixadora começou por recordar o início da ofensiva russa na Ucrânia e as consequências que provocou a nível global: "Já se passaram dois anos desde que a Rússia lançou a sua invasão ilegal, não provocada e brutal da Ucrânia (...). Desde então, temos visto as forças russas cometerem uma brutalidade indescritível através de tortura e violência sexual, repressão e deportações forçadas", referiu.
Além disso, Linda Thomas-Greenfield fez ainda referência à crise global da insegurança alimentar, à agitação do mercado energético e aos danos "incalculáveis" para o meio ambiente. "Isto ameaça não só os ucranianos, mas cada um de nós", alertou.
Sobre o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, a diplomata norte-americana garantiu que irá continuar "durante o tempo que for necessário", fazendo referência às palavras do presidente Joe Biden. E prosseguiu: "A posição dos Estados Unidos tem sido inabalável. A Rússia deve retirar imediatamente as suas forças das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia (...)".
No que diz respeito à perceção do declínio de apoio à Ucrânia e ao foco atual na situação em Gaza, Linda Thomas-Greenfield afirmou: "Ainda apoiamos totalmente a Ucrânia. Mesmo a situação em Gaza, por mais difícil que seja agora, não diminui a compreensão das pessoas sobre o que está a acontecer na Ucrânia".
Ainda sobre o conflito entre Israel e o Hamas, a diplomata justificou os votos dos EUA contra três projetos de resolução do Conselho de Segurança com vista a um cessar-fogo, referindo que "as resoluções anteriores, que apelavam a um cessar-fogo incondicional, não foram úteis para apoiar as negociações no terreno em que estávamos envolvidos, juntamente com o Qatar e o Egipto". No entanto, garante: "Sempre apoiámos pausas humanitárias".
Em resposta a uma questão sobre a morte de Alexei Navalny,opositor político de Putin, e sobre o facto da Rússia não reconhecer o mandato do relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos no país, Mariana Katzarova, a embaixadora dos EUA referiu: "O presidente Joe Biden foi claro ao afirmar que os responsabilizaremos pelas ações que tomaram em relação a Navalny".
Nas últimas semanas, na Polónia, os agricultores em protesto voltaram a bloquear postos fronteiriços com a Ucrânia. No que diz respeito à contribuição da ONU para a resolução deste problema, Linda Thomas-Greenfield afirmou que a "ONU tem trabalhado muito com os ucranianos, com os turcos e com os russos para abrir o Mar Negro, de modo a que os cereais ucranianos possam atravessar o Mar Negro numa base regular e mais sistemática".
"Compreendo as tensões que ocorreram na fronteira, mas sei que a ONU está a procurar outros caminhos para fazer sair os cereais ucranianos. E espero que o consigam fazer em breve", concluiu Linda Thomas-Greenfield.
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