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Zelensky nos dois anos de guerra: "Não permitiremos que a Ucrânia acabe"

No dia em que se assinalam dois anos do início da invasão russa, o presidente ucraniano recebeu a presidente da Comissão Europeia e os primeiros-ministros de Itália, Canadá e Bélgica na cidade de Hostomel, alvo logo nos primeiros dias do conflito.

Numa cerimónia que assinalou osdois anos do início da invasão russada Ucrânia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recebeu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os primeiros-ministros de Itália, Canadá e Bélgica - Giorgia Meloni, Justin Trudeau e Alexander De Croo - na cidade de Hostomel, onde tiveram lugar alguns dos primeiros combates, em 2022.

Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS

"Há dois anos encontrámos as tropas inimigas aqui com fogo, e dois anos depois, estamos a encontrar aqui os nossos amigos, os nossos parceiros", começou por dizer Volodymyr Zelensky. "Qualquer pessoa normal quer que a guerra acabe. Mas nenhum de nós irá permitir que a nossa Ucrânia acabe. A palavra 'independente' estará sempre ao lado da palavra 'Ucrânia' na nossa história futura", garantiu.

Ao seu lado, Ursula von der Leyen garantiu o apoio da Europa até que a Ucrânia seja "finalmente livre". Antes, no X, deixou uma mensagem: "Mais do que nunca, estamos firmes ao lado da Ucrânia. Financeira, económica, militar e moralmente. Até que o país seja finalmente livre".

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni também mostrou o apoio incondicional a Kiev. "Estamos aqui hoje para dizer obrigado aos homens e mulheres que a 24 de fevereiro, há dois anos, não fugiram e lutaram. Este lugar é um símbolo dos falhanços de Moscovo, um símbolo de orgulho ucraniano."

Os líderes visitaram o aeroporto de Hostomel, local de uma batalha feroz no início da invasão, quando a Rússia tentou transportar paraquedistas para tomar a capital, Kiev, a poucos quilómetros de distância. É expectável que Meloni e Trudeau assinem pactos de segurança com o presidente ucraniano durante esta visita, em linha com os acordos assinados recentemente com França e Alemanha.

Ao mesmo tempo que decorrem estes encontros, mantém-se os ataques nos territórios em disputa. Drones russos atacaram, pela segunda noite consecutiva, o porto de Odessa, atingindo um edifício residencial e matando uma pessoa, segundo o governador regional. Um outro drone, em Dnipro atingiu também uma zona residencial, fazendo dois mortos.

Em resposta, drones ucranianos provocaram uma explosão numa siderurgia, que a Rússia oficialmente identificou como uma em Lipetsk, a 400 km da Ucrânia, e que é responsável por 18% da produção russa.

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