Menino não esteve presente na leitura da sentença da mãe, condenada por abandono de menor. Criança sobreviveu com bolos e conservas, e passou muito frio.
Está agora com uma família de acolhimento o menino francês que, entre 2020 e 2022, viveu sozinho numa vila em França. Tinha nove anos quando foi deixado pela mãe em casa: ela foi viver com a namorada para uma casa a 15 quilómetros de distância, deixando-o para trás, e foi condenada no dia 16 de janeiro por abandono de menor.
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A história foi revelada pelo jornalCharente Libree chocou França. Como pôde uma criança viver sozinha sem que ninguém desse por isso? Segundo a imprensa francesa, o menino habitou sozinho um apartamento de um bairro social entre os nove e os onze anos. Comia conservas e bolos, bem como tomates que roubava a uma vizinha.
Nem sempre teve eletricidade, nem aquecimento, nem água quente: por vezes, os vizinhos ouviam-no a bater nos canos de aquecimento, para se entreter, ou avistavam-no pela janela. Teve que se tapar com três edredões, para não passar frio.
Durante os dois anos em que viveu sozinho, o rapaz foi sempre à escola, onde aparecia limpo e bem vestido. Tinha boas notas e era sorridente.
O alerta foi dado às autoridades por um vizinho, que se apercebeu que a mãe só aparecia de vez em quando, para lhe comprar alguns alimentos, desaparecendo sozinha a seguir. O arrastar da situação é considerado pelos peritos ouvidos em França como uma prova do esbater dos vínculos sociais que costumavam verificar-se em povoações mais pequenas, como Nersac, onde ainda não se compreende como ocorreu o sucedido.
Agora, a mãe da criança foi condenada a uma pena de um ano e meio, tendo que cumprir seis meses com pulseira eletrónica. Em tribunal, alegou que vivia com o filho, apesar de todas as provas apontarem para o contrário. "Parecia arrependida, triste, mas não reconheceu de todo ter abandonado o filho, dizia que não era verdade, apesar de haver provas que revelam que a criança viveu sozinha naquela pequena casa", explicou ao jornal espanhol El Paíso jornalista Antoine Beneytou, do jornalCharente Libre, que revelou o caso.
Há um ano que o menino vive com uma família de acolhimento e a mãe foi vê-lo duas vezes. O rapaz não esteve presente na leitura da sentença no tribunal, onde a sua mãe também disse: "Não sou uma mãe superprotetora. Mas continua a ser meu filho."
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