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Mirabolando ou as crónicas recicladas de Manguel

João Pedro George
João Pedro George 01 de abril de 2021 às 20:00

O facto de os textos de Manguel publicados no jornal mais vendido em Portugal serem mercadoria antiga, prosa que o tangoso argentino publica e republica, vende e revende, porque este é o seu modo de ganhar a vida, não é particularmente significativo, nem esse é o escopo desta história mil vezes contada. Um ensaio de João Pedro George

Neste último Verão, no meio da pandemia catastrófica em que nos encontramos, fomos tomados por uma notícia animadora, que acendeu um clarão de alegria: Alberto Manguel, ensaísta e bibliófilo, íntimo de Jorge Luís Borges, ia doar à cidade de Lisboa a sua colecção pessoal de cerca de 40 mil livros. A comoção foi geral e a turba aplaudiu às mãos ambas. Porque, enfim, ainda existiam na terra pessoas capazes de gestos duma generosidade larga.

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