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As mais recentes polémicas e afiliações políticas de Elon Musk podem ter levado a uma onda de descontentamento que resultou num decréscimo de vendas da Tesla e a protestos de boicote.
A relação entre Elon Musk e Donald Trump pode ter sido o catalisador para o decréscimo das vendas dos seus veículos elétricos Tesla. Durante a campanha eleitoral, o multi-milionário foi o principal financiador, gastando cerca de 270 milhões de euros a apoiar o presidente norte-americano. Mais tarde, quando venceu as eleições, nomeou Musk como o responsável do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, sigla em inglês).
manifestação anti-teslaAP Photo/Adam Gray
No mês de janeiro, as vendas de Tesla caíram para quase metade na Europa, indicando uma diminuição da procura dos veículos do produtor norte-americano, numa altura em que o seu CEO, Elon Musk, interveio não só na política norte-americana, tendo o DOGE anunciado despedimentos em massa, mas também em política europeia.
Nos últimos meses tornou-se um defensor do partido de extrema-direita alemão, AfD, descrevendo-o como a "melhor esperança para o futuro" da Alemanha. Seguidas as eleições legislativas, Musk telefonou à líder do partido, Alice Weidel, para a felicitar pelo desempenho do partido, depois de ter duplicado a votação em relação às eleições anteriores.
Em janeiro, a empresa de veículos elétricos, sediada no Texas, vendeu apenas 9.900 veículos na Europa, menos 45% do que os 18 mil do ano passado, segundo dados da Associação Europeia de Construtores de Automóveis. Esta situação pode sugerir que as intervenções de Musk no que toca às questões políticas europeias e o seu papel ativo na nova administração de Donald Trump, estão a provocar uma reação negativa nos seus consumidores.
Segundo dados divulgados pela Agence France-Presse, no mês de fevereiro a marca registou uma queda histórica de vendas por toda a Europa. Em França e na Alemanha caíram 76,3%, enquanto que em Portugal registou uma queda de 53%, em comparação com o seu rival chinês, BYD, que teve um crescimento de 186,2% em fevereiro. NaAustrália, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve uma descida de 72% e o segundo modelo de veículo elétrico mais bem sucedido na Austrália, o modelo 3 viu uma queda de 81% das vendas.
Em Londres, a publicidade anti-Elon Musk começou a aparecer em paragens de autocarro, depois do multi-milionário ter feito a polémica saudação Nazi depois da tomada de posse do presidente Donald Trump no final de janeiro. O cartaz com o título "Não compres um Swasticar (carro suástica)", do grupo sediado no Reino Unido, Everyone Hates Elon, apela a que as pessoas deixem de comprar carros da Tesla, já que eles vão "de 0 a 1939 em 3 segundos".
Em protesto às recentes polémicas de Musk, os proprietários de Teslas têm partilhado nas redes sociais o seu descontentamento, admitindo que venderam o seu carro ou terminaram contratos de leasing. O caso mais conhecido é o da cantora Sheryl Crow que vendeu o carro e doou dinheiro à NPR (a rádio pública dos EUA), que diz estar "a ser ameaçada pelo presidente Musk, na esperança de que a verdade continue a chegar àqueles que querem saber a verdade".
Para cimentar este descontentamento, em várias cidades norte-americanas e europeias foram organizados protestos para marcar o boicote à Tesla. Na rede social X, os manifestantes partilham imagens e vídeos com os hashtags Boycott Tesla e Take Tesla Down. Nos Estados-Unidos outra forma de protesto utilizada pelos proprietários de Teslas é mudar a marca, desenhando o logotipo da Audi, da Toyota, da Honda ou até da Mercedes atrás para esconder a verdadeira identidade.
I went to the #TeslaTakedown protest in Ladera Heights and the Westside was there. I think it was a good turnout for a first protest that has no organizer and definitely has the potential to grow bigger. pic.twitter.com/vP2NVUAGNi
Em Portugal está agendada uma manifestação no dia 9 de março, e existe ainda uma plataforma onde podem ser consultados todos os protestos organizados com o mesmo intuito por todo o mundo.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
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