Preço da carne, tabaco, combustíveis e bilhetes de transportes ficarão mais caros. Em contrapartida, aumenta o salário mínimo, as pensões e o subsídio de desemprego.
Ano Novo, medidas novas. A partir de 2026 vai ganhar mais dinheiro mas também vai ter de desembolsar mais. Saiba que tipo de alterações vão ocorrer já a partir de janeiro do próximo ano e quais as medidas que vão mexer com o seu bolso.
Homem tira dinheiro da carteiraSina Schuldt/picture-alliance/dpa/AP Images
Aumenta o salário mínimo e o subsídio de refeição
Comecemos pelas boas notícias. Janeiro vai arrancar de uma forma mais positiva para grande parte dos portugueses. O salário mínimo vai aumentar 50 euros, o que significa que vai passar de 870 euros para 920 euros. O mesmo deverá acontecer com o salário médio, que registará uma subida de 4,6%.
Para a Função Pública, o Governo prometeu aumentos salariais acima de 56,58 euros e ainda um aumento de 15 cêntimos no subsídio de refeição, o que significa que este último será atualizado para os 6,15 euros.
Pensões também aumentam
A partir de janeiro a maioria das pensões vai aumentar 2,8%. Quem ganha até 1.074 euros, em 2026 passará a auferir 1.074 euros.
Idosos sentados num banco
Sobe o subsídio de desemprego
A partir de janeiro, o subsídio de desemprego máximo deverá subir cerca de 36 euros, atingindo os 1.342 euros, segundo o jornal ECO. Sobem também o subsídio de doença e o subsídio de morte.
Este aumento decorre da atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS).
Desemprego
Carne e peixe ficam mais caros. Azeite desce de preço
No próximo ano o peço do azeite vai registar uma descida de 14% - o que é uma notícia positiva para muitas famílias. Mas se desce o preço do azeite sobe o preço de outros alimentos: é o caso da carne, do peixe, do pão e da pastelaria.
Ao Jornal de Negócios o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, afirmou que o preço da carne e do peixe deverá subir na ordem dos 7%. Enquanto isso, o setor estima uma subida de 10% no preço do pão.
Alimentos como leite, ovos e café deverão custar o mesmo ou até mesmo descer de preço no próximo ano.
Azeite
Tabaco fica mais caro
Para o próximo ano pode contar também com o aumento do preço do tabaco. O Governo anunciou que em 2026 o preço dos selos fiscais do tabaco deverão aumentar 2%. Assim, o custo a ser suportado pelas tabaqueiras passará de 0,00532 euros para 0,00544 euros, no caso dos selos não autocolantes, e sobe de 0,03752 euros para 0,03835 euros na versão autocolante.
Cigarros
Preço dos combustíveis deve aumentar
Nos combustíveis nada está dado por garantido, até porque o Orçamento do Estado para 2026 não prevê aumentos direitos, no entanto, o mais provável é que os preços disparem. Se assim for, em 2026 o litro da gasolina poderá subir até aos 1,880 euros o litro (mais 9,5%) e o do gasóleo para 1,710 euros o litro (mais 9,2%). Um depósito de 50 litros poderá ficar oito euros mais caro.
Combustíveis
Aumenta o preço das portagens
Em janeiro, as portagens em Portugal vão aumentar cerca de 2,3%.
Em contrapartida, passam a existir novas isenções. A partir de abril, os automobilistas deixarão de pagar portagens na A25. O mesmo acontece no Alentejo, na A6 e A2, assim como na A41 no Porto, e na A19 e A8 na região de Leiria.
Portagem
Bilhetes de transportes mais caros
Se tem passe Andante ou Navegante pode estar descansado, os preços não irão aumentar. No entanto, o mesmo não acontece com os bilhetes, cujos preços irão sofrer algumas alterações.
Os preços dos bilhetes dos comboios CP vão aumentar, em média, 2,26%, com um bilhete simples de ida no Alfa Pendular entre Lisboa e Porto a custar 49,99 euros na classe Conforto e 35,70 euros (antigamente 34,60 euros) na Turística.
Também os bilhetes dos autocarros Carris irão aumentar de preço, subindo de 2,20 euros para 2,30 euros. Os elétricos deixam de custar 3,20 euros para passarem a custar 3,30 euros.
Bilhetes de transportes ficam mais caros
Seguros vão ficar mais caros
A partir de 2026 o seguro automóvel vai ficar mais caro. Fontes do setor segurador estimam que a subida de preços vai situar-se entre os 6% e os 10%. O mesmo deverá acontecer no caso dos seguros de saúde, que vão subir 10% - muito acima da inflação -, que ocorre devido ao aumento dos preços na saúde privada e à maior utilização dos serviços, revela um estudo da Aon citado pelo jornal ECO.
Eletricidade, água e gás mais caros
Em 2026, o preço da eletricidade irá sofrer um aumento médio de 1% no mercado regulador, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Esta subida representará um aumento entre os 0,18 cêntimos e os 0,28 cêntimos.
No que diz respeito aos preços da água, estes deverão aumentar pelo menos 1,8%, antevê a Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR).
No caso do gás, o aumento de 1,5% já está em vigor desde o mês de outubro.
Preço da eletricidade aumenta
Agravamento dos preços na MEO, NOS e Vodafone
As três operadoras já confirmaram uma atualização dos preços a partir do próximo ano e, por consequência, vem aí um aumento. A Digi é a única operadora que não deverá mexer na tabela de preços..
Vodafone
Euribor deve aumentar
A prestação da casa deverá voltar a aumentar já no próximo ano, mas pouco, invertendo assim a tendência que se mantinha até agora. Para 2026 prevê-se que a Euribor ronde os 2%.
IMI aumenta
O Ministério das Finanças anunciou a subida do valor do metro quadrado de construção que conta para o cálculo do IMI, o que significa que em 2026 quem quiser comprar casa vai ter de pagar mais imposto. Para baixar este valor, o proprietário deve pedir uma reavaliação da casa às Finanças a cada 3 anos, escreve a SIC Notícias.
Habitação em LisboaMedialivre
IRS e IRC descem
A taxa de IRC, paga pelas empresas, irá recuar para os 19% - menos um ponto percentual - e a tendência mantém-se pelo menos até 2028 - ano em que a taxa deverá descer até aos 17%.
O mesmo acontece no caso do IRS: as taxas entre o 2º e 5º escalão terão uma redução de 0,3 pontos percentuais. A taxa do 1º escalão irá manter-se nos 12,5%, a do 2º escalão passa de 16% para 15,7%, a do 3º de 21,5% para 21,2%, a do 4º de 24,4% para 24,1% e a do 5º de 31,4% para 31,1%. As restantes permanecem inalteradas nos 34,9%, 43,1%, 44,6% e 48%.
Termina a isenção da taxa de amortização antecipada para créditos à habitação
A partir de 2026, termina a isenção da taxa de amortização antecipada para crédito à habitação e a taxa variável volta a ser de 0,5%. Os empréstimos contraídos com taxa fixa nunca ficaram isentos e para o ano a comissão cobrada pelos bancos mantém-se nos 2%.
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O poder das palavras é superpoderoso. Porém, as palavras, por si só, não têm o poder de fazer acontecer ou organizar a nossa vida, as nossas escolhas ou o nosso tempo.
É de extrema importância munir as nossas cidades com tecnologia de vídeovigilância para a salvaguarda das pessoas e bens, mas Portugal está a ficar para trás face a outros países europeus.