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Nuno Freitas: Três quartos do capital a injetar na CP não vão "custar nada ao OE"

Lusa 20 de outubro de 2021 às 16:54
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O ex-presidente da CP esclarece que, dos 2.100 milhões de euros de dívida histórica da CP, praticamente 1.600 milhões dizem respeito a dívida ao Estado.

O ex-presidente da CP Nuno Freitas salientou hoje que, da dívida histórica de 2.100 milhões de euros da empresa que o Governo prevê sanear, em grande parte, em 2022, "três quartos" não vão "custar nada ao Orçamento".

Nuno Freitas e Pedro Nuno Santos
Nuno Freitas e Pedro Nuno Santos João Miguel Rodrigues/Correio da Manhã

"Dos 2.100 milhões de euros de dívida histórica da CP, praticamente 1.600 milhões, ou seja, três quartos desta dívida, é dívida à DGTF [Direção-Geral do Tesouro e Finanças], é dívida ao Estado", afirmou o ex-presidente do Conselho de Administração da empresa ferroviária em audição parlamentar na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, onde foi chamado para prestar esclarecimentos sobre a sua decisão de abandonar o cargo no final do passado mês de setembro, três meses antes do final do mandato.

Assim, sustentou, estes "1.600 milhões de euros não é dinheiro que vai ser dado à CP" e "não vai custar nada ao Orçamento do Estado [OE], nem ao défice ou à dívida": "Isto já é dinheiro que a CP consolida com o Estado, portanto ninguém está aqui a dar este dinheiro à CP", salientou.

O Governo prevê, no próximo ano, uma despesa excecional de 1.815 milhões de euros com a CP - Comboios de Portugal, empresa que detém uma dívida histórica superior a dois mil milhões de euros.

De acordo com o relatório que acompanha a proposta de Orçamento do Estado, o Ministério das Finanças inscreveu um valor de 1.815 milhões de euros em despesa excecional para 2022, a título de dotações de capital, para a operadora ferroviária. Em 2021, este valor era de 70 milhões de euros.

Hoje no parlamento, Nuno Freitas precisou que, além dos 1.600 milhões de euros de dívida à DGTF, há ainda "250 milhões de euros a uma entidade e 50 milhões ao Banco Europeu de Investimento".

"Quando se fala em 1.800 milhões, penso que é isto que vai ser saneado", disse.

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