Três meses depois da primeira ameaça de que o TikTok poderia desaparecer nos EUA, logo antes da tomada de posse de Donald Trump, a plataforma ainda está em risco de sair dos telemoveis dos norte-americanos de vez.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prorrogou esta sexta-feira o prazo para a venda dos ativos norte-americanos da rede social TikTok da chinesa ByteDance, a um comprador que não seja chinês, por 75 dias. Se tal não acontecer, a aplicação será proibida.
"O acordo requer mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas", disse Trump através da sua rede social Truth Social, explicando o porquê de estar a aumentar o prazo que estabeleceu em janeiro e que deveria ter expirado no sábado. "Esperamos continuar a trabalhar de boa fé com a China, que, segundo sei, não está muito contente com as nossas tarifas recíprocas."
Na quarta-feira, o presidente norte-americano anunciou que tinha imposto uma tarifa de 34% sobre os bens importados da China na lógica das tarifas recíprocas, mas que chegam aos 54%, já que Trump já tinham imposto outros 20% sobre os produtos chineses, no início do mandato para impedir a entrada de fentanil nos EUA. A China anunciou a sua retaliação esta sexta-feira.
O Congresso norte-americano aprovou a suspensão do TikTok no ano passado com um apoio esmagador, uma vez que os legisladores chamaram à atenção para o risco de o governo chinês explorar a plataforma e espiar nos cidadãos americanos para efetuar operações secretas de espionagem.
Alguns legisladores afirmaram que Trump deve fazer cumprir a lei, que exigia que o TikTok deixasse de funcionar até 19 de janeiro, a menos que a ByteDance tivesse concluído a venda dos ativos da aplicação nos EUA. Trump iniciou o seu segundo mandato como presidente a 20 de janeiro e optou por não aplicar a lei.
O republicano já disse estar disposto a reduzir as tarifas sobre a China para conseguir um acordo com a ByteDance para vender a plataforma, que é utilizada por cerca de 170 milhões de americanos. O presidente anunciou ainda que a sua administração tem estado em contacto com quatro investidores diferentes sobre um possível acordo para a compra do TikTok.
Apesar de não ter divulgado estes quatro atores, especula-se que a Amazon possa estar entre os interessados. Ainda, o apresentador do programa Shark Tank e o fundador do Project Liberty, Kevin O’Leary, e Frank McCourt já terão apresentado uma oferta, assim como o youtuber Mr Beast. Em termos de empresas tecnológicas, a Perplexity, a empresa de Inteligência Artificial (IA) também terá mostrado interesse, assim como a Oracle, a empresa de software.
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