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Dívidas de VIPs, hotéis de luxo e uma nova "Autoeuropa": quem é o discreto gigante DK

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 09 de setembro de 2023 às 10:00

A Davidson Kempner comprou a maior carteira de malparado do País - com algumas das dívidas mais mediáticas do Novo Banco - fez um dos negócios recorde no imobiliário e lidera em Sines o maior investimento de raiz desde a década de 90. São muito discretos - e ganham milhões.

Quando o Novo Banco vendeu o calote de 538 milhões de euros de Bernardo Moniz da Maia, a dívida desapareceu do balanço e do radar mediático, mas não se evaporou – um fundo estrangeiro comprou-a por apenas 6 milhões de euros e seguiu o rumo que o Novo Banco iniciara, ou seja, está em tribunal para tentar anular as fintas processuais que Moniz da Maia fez aos credores. Enquanto esta batalha decorria, o mesmo fundo tornou-se um dos maiores operadores hoteleiros em Portugal, depois de ter comprado no ano passado dezenas de hotéis de luxo: do Palácio do Governador em Lisboa ao resort de Vale do Lobo, cujo financiamento ruinoso para a Caixa Geral de Depósitos gerou polémica no passado. Não muito longe do Algarve, em Sines, esse fundo está a construir um dos maiores centros globais de processamento de dados, onde terá como inquilinos as maiores companhias tecnológicas do mundo.

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