Parte das saídas será feita com a não substituição de trabalhadores que terminem contratos temporários ou que se reformem, mas haverá também reformas antecipadas e saídas voluntárias.
ADaimler, fabricante dos Mercedes-Benz, anunciou esta sexta-feira que vai eliminar pelo menos 10.000 empregos em todo o mundo até 2022 para financiar a transição para os veículos elétricos, uma mudança que tem pressionado o setor automóvel alemão.
O número de postos de trabalho a suprimir "será de cinco dígitos" e envolverá cargos administrativos, afirmou o diretor de pessoal da empresa, Wilfried Porth, numa conferência de imprensa telefónica, três dias após a Audi ter anunciado a eliminação de 9.500 empregos.
Recentemente, a Daimler já tinha anunciado que quer poupar 1,4 mil milhões de euros em encargos com pessoal, face aos "investimentos elevados exigidos pela transição para a mobilidade neutra em termos de emissões de CO2" (dióxido de carbono).
Parte das saídas será feita com a não substituição de trabalhadores que terminem contratos temporários ou que se reformem, mas haverá também reformas antecipadas e o grupo indicou que vai ainda propor saídas voluntárias.
A Daimler tem atualmente cerca de 304.000 funcionários em todo o mundo.
"Os detalhes sobre a aplicação deste plano" serão "indicados nas próximas semanas", acrescentou a Daimler em comunicado.
Como todo o setor automóvel europeu, a Daimler está empenhada em reduzir o nível de emissões de CO2 nos carros vendidos e respeitar as estritas normas em vigor a partir do próximo ano na União Europeia (UE), sob a ameaça de pesadas sanções.
No setor automóvel alemão, vários construtores e fabricantes de equipamentos anunciaram nos últimos meses a eliminação de perto de 30.000 empregos devido a uma degradação da conjuntura e à redução da popularidade do 'diesel' em benefício dos motores elétricos.
A Audi, que pertence ao grupo Volkswagen, quer eliminar 9.500 postos de trabalho na Alemanha até 2025, a Volkswagen quer suprimir 5.000, a Continental 5.500 e a sua rival Bosch mais de 2.000, enquanto a norte-americana Ford prevê 5.000 reduções de empregos em fábricas alemãs.
Este setor representa na Alemanha um quinto da indústria, perto de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e mais de 800.000 empregos diretos.
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